quinta-feira, 2 de julho de 2015

Um ano e meio ano

Segundo me disse uma ex-colega que faz hoje anos, o dia 2 de Julho é a metade exacta do ano. Não fiz as contas, mas vou acreditar nela. E como também é véspera dos meus 33 anos, acho que é uma bela desculpa para olhar para trás e fazer uma retrospectiva do último ano, e da primeira metade deste.


Sinto que me mexi muito pouco este ano. Tenho estado mais recolhida, mais calma, o meu foco tem sido em mim. Cada decisão tem sido tomada com muita calma e muita ponderação, agora que vivo sozinha (provavelmente a maior coisa que me aconteceu até agora, e provavelmente ainda será o grande destaque do ano inteiro) tenho muito mais tempo para pensar, para bater com a cabeça nas paredes e para crescer.

Há um ano atrás, precisamente neste dia recordo-me de estar num estado de inquietação. Por um lado os 32 aliciavam-me e pareciam-me que podia ser das melhores idades da minha vida (ou não fosse eu mais amiga de números pares), por outro sentia-me triste, desligada da realidade, como se estivesse a viver a vida de alguém estranho. Foi aos 32 que tomei uma decisão crucial na minha vida. Foi difícil, deparei-me com obstáculos que não tinha pensado, mas também descobri como é ter uma certeza tão forte de que se está a tomar a decisão certa, que consegui ver tudo com mais clareza. Foi um processo inesquecível, cheio de altos e baixos, que me mudou profundamente.
Com isto tudo aprendi a confiar mais em mim. 

Agora estou pronta para o resto da minha vida. Muitos medos ficaram para trás e descobri até onde tive de e consegui ser forte. E aprendi tantas lições pelo caminho, que mesmo que esteja a ter um ano mais parado a nível de produtividade e projectos novos, sinto que estou a fazer um longo e sólido percurso.

Depois de muita ponderação decidi deixar de contrariar aquilo que não posso mudar e aceitar a vida como ela é. Ando mesmo a conseguir rejeitar alguns pensamentos negativos e transformá-los em algo positivo, a combater a minha fraca auto-estima e a perceber que não ganho nada em ficar revoltada com as coisas, mais vale lidar com aquilo que elas são e não desejar que fosse tudo diferente. Comecei a meditar com mais frequência e sinto que fez toda a diferença.

Aprendi a gostar mais de mim, a valorizar o que faço e a aceitar os meus limites. Ninguém a não ser eu espera que eu seja a super-mulher, por isso decidi começar a abrandar o ritmo. Uma coisa de cada vez e tudo com a maior calma possível. E consegue-se superar barreiras e atingir objectivos. 

E com isto fecho este capítulo de um dos anos mais ricos de sempre, e que venham os 33!

2 comentários:

Merenwen disse...

Ai miuda, tens de me dar uns conselhos de meditacao entao,. bem preciso de combater pensamentos negativos e aprender a ficra em paz com aquilo que a vida é!:)

Guilhim disse...

Eh pá!! Deves estar cheia de orgulho de ti mesma! Acredita que conseguiste já muito mais do que gente com o dobro da tua idade!! Não é fácil encontrar a coragem para chegar ao equilíbrio para que te encaminhas... e acredita que é mesmo preciso coragem!!

Por este andar os 33 vão ser fantásticos!