quarta-feira, 30 de maio de 2018

Ultimamente tenho estado em observação de mim mesma. Apenas a olhar para o meu íntimo, para os defeitos e qualidades, para as esperanças e sonhos. É curioso que esta coisa de ser mãe tem-me ajudado a desconstruir o que antes me parecia definitivo e imutável. Tem-me feito ver que andei aí um pouco iludida e a fugir de algumas coisas. Como se ignorar uma coisa a fará desaparecer ou diluir-se no ar. Não é bem assim que funciona. 


Agora que efectivamente não tenho tempo para me coçar, vou apurando um pouco mais do que é essencial para mim (eu sabia que esta era mesmo uma palavra boa para este ano), e apesar do ruído, vou-me apercebendo de algumas coisas e delineando ideias, ainda vagas, mas mais sólidas e mais honestas acerca de mim e dos próximos planos. E há algo de muito bom em efectivamente ver-me, reconhecer os meus limites, mas querer muito superar-me e viver os tais sonhos que continuo a querer tornar realidade. 


Não esquecendo que ser mãe era um sonho antigo que sempre desejei concretizar. 


Agora é a altura de viver este sonho. Os outros ainda aí estão, a vaguear pela minha mente, à espera da oportunidade certa. Um passo de cada vez, um sonho de cada vez, e guardar paciência e determinação para cada passo. E uma paz enorme no peito. Viver o presente e que haja tempo para tudo.