É assim a morte, a imensa crueldade da morte. Não interessa se estamos à espera ou se é uma surpresa trágica. Há um momento em que tudo muda, e não podemos fazer nada para o mudar de volta.
A realidade mudou esta semana. Não se apoquentem por mim, não é comigo ou com a minha família. Mas dói muito porque tenho um carinho especial por uma das pessoas que mais sofre. E é como se fosse connosco. A morte cansa. Destroça quem cá fica, recolhe pedaços, deixa perguntas no ar que nunca terão resposta.
Dirão os mais pragmáticos que a vida é mesmo assim, que faz parte. E faz. E eu própria penso nisso para amenizar a dor. Não podemos fazer nada para contrariar, para evitar ou esquecer. Só viver o presente, até ao detalhe mais aborrecido e agradecer cada inspiração de ar fresco, cada raio escaldante de sol no corpo.
Photo by Lucas Silva Pinheiro Santos on Unsplash
Há mortes que não deviam acontecer. Há dores que não deveriam ser vividas.
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Há mortes que não deviam acontecer. Há dores que não deveriam ser vividas.
À M., nunca será esquecida.
1 comentário:
Um abraço.
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