quarta-feira, 28 de março de 2018

Na lua

Hoje movo-me como se estivesse na lua... muito devagar. Ando a quebrar devido à falta de sono. E é um fardo que não consigo partilhar porque há todo o factor amamentação e a pequena criatura ainda não percebeu que à noite deverá dormir, não compensar o leite que não mama durante o dia. Ainda assim, e para aumentar a frustração mas ao mesmo tempo acalmar o meu coração de mãe, não consigo capacitar-me a “treinar” o sono do meu filho. Não que o instinto materno transborde de mim assim à doida (aprendi da pior forma que não é assim uma coisa automática), mas se não me sinto confortável com um passo simplesmente não o dou. 
Então por enquanto ando nisto. A dormir de mama de fora. A aconchegar um corpinho pequeno junto a mim. A encher-me de paciência e a dar muitos beijinhos. A dormir em pé e a perder o sono quando já o adormeci. Mas a acordar e ver um sorriso desdentado, as bochechas gordas com covinhas e o entusiasmo naqueles olhos pestanudos (não sei onde foi buscar pestanas tão grandes, o miúdo) de viver um novo dia e tudo se renova em mim também. E fico tão grata por estar viva, por ser a mãe deste miúdo espetacular, por poder partilhar o entusiasmo dele e viver estes momentos. Até agradeço pelo cansaço. E gostava MESMO de agradecer por haver a hora da sesta no trabalho... só que não. Por isso continuamos no mundo da lua.
Bom resto de semana pessoas do meu coração! 

3 comentários:

Guilhim disse...

Tem calma! Tudo passa!! Até lá vai respirando fundo e conhecendo o pequeno, a ti, e à vossa relação.
Daqui a nada já não te lembras destes dias!

Beijinho

Liliana Pereira disse...

Se bem o que sentes... Por cá, do segundo filho, foram dois anos e meio de amamentação e de acordares noturnos de maminha de fora! :P A boa notícia é que do primeiro foram apenas 4 meses e aprendeu a dormir a noitinha toda desde então. Como vês cada história é uma história e todas, todas têm os seus momentos bons e felizes. ;)

Beijinho grande e força!

Nádia disse...

Adoro a forma como descreveste essa fase. Também cá estou há dois anos com o segundo e, para mim, olhando para trás, o que custou mais e o que deixou algum mau sentimento latente no presente, foi o desmame do primeiro e não as noites mal passadas... Força, minha querida