segunda-feira, 16 de junho de 2014

O que eu preciso é de paz

Já perdi a conta às vezes que eu digo que é desta, que vou descansar, fazer as coisas com calma, não me stressar com tudo, não me encher de trabalho e tarefas desnecessárias. Em casa acumulo falhas: nem sempre me apetece cozinhar, lavar, passar, nem sempre tenho tempo e energia para me dedicar como gostaria e então vivo assim, no limbo das coisas incompletas quando o que eu realmente gosto é de me organizar com calma e tempo. 

Quase que me forcei a ir para o Alentejo com as minhas irmãs (uma biológica, a outra de coração, as duas absolutamente indispensáveis à minha vida), e passámos por lá 3 dias que podiam ser muito mais, mas em que cada hora contou e cada minuto mereceu a pena. Mesmo quando víamos filmes parvos no sofá. Mesmo quando ficámos mais tempo no bailarico no restaurante na vila a ouvir as conversas dos cotas. Foi um curto desvio da rotina que mereceu imensamente a pena.


Eu tenho-me esquecido disto com a agitação dos meus dias, mas eu sou mesmo mais feliz quando estou no campo. Há algo em mim que desperta, que me lembra quem eu realmente sou e acorda todos os sonhos em mim dormentes. É tão mais fácil sonhar sob o céu estrelado, sou mais temerária quando me aventuro a pé pela vegetação. Eu, que sou tão tímida e introvertida, canto a plenos pulmões entre as flores. O mundo pode parecer mais amarelado sob o sol do Alentejo, mas é imensamente colorido aos meus olhos.




(andei a documentar as flores para poder levar a cabo o curso online da Alisa Burke, outra tarefa incompleta..)




Precisava de mais fins-de-semana assim, e terei de o fazer mais vezes mesmo, porque as responsabilidades apertam, porque o tempo não pára, porque eu continuo a abraçar projectos e vontades. Já me lancei a este desafio, e em Setembro/Outubro começará a minha pós-graduação. 

E as férias chegam mais tarde este ano. Porque vão ser fenomenais (e quando tiver tudo mais orientado prometo que conto mais detalhes). Portanto terei de aprender a abrandar e a respirar fundo. Voltar ao Alentejo, nem que seja em pensamento. 
Lembrar-me do sol e do silêncio matinal. Aproveitar cada momento. 
Boa semana!

6 comentários:

Lazy Cat disse...

E que tal planos a médio prazo para mudares de vida e mudares-te para o Alentejo?

Quotidianos de seda disse...

O meu Alentejo do coração :)
Fico tão feliz de ler as tuas palavras...

Beijinhos

Analog Girl disse...

Lazy, acredita que já me passou pela cabeça, mas teria de direccionar a minha vida noutro sentido. Não é impossível, mas ainda não me deu para planear as coisas, a acontecer, só daqui a uns 5 anos. Quem sabe daqui a uns tempos começo a pensar nisso...

Quaotidianos, o Alentejo é mesmo aquele lugar especial... :)

Merenwen disse...

Pós graduacao! Ah valente!! Muito bem! É o nosso maior inimigo nao é, o tempo moderno em que vivemos e que nao nos deixa tempo pra pensar ou ser felizes, nao é uma gestao fácil mas desde que haja vontade está meio caminho feito.

Liliana Pereira disse...

Que paz... que fotos... temos mesmo de aprender a desacelerar e aproveitar mais os momentos.

Analog Girl disse...

Merenwen, acho que era o passo inevitável. A minha vida profissional pede mais formação, eu própria sempre quis complementar ainda mais a minha formação desde que terminei o curso, por isso, 10 anos depois, lá estarei eu, na minha faculdade e tudo! :P
Mesmo assim, o Pedro é o mais corajoso, resolveu candidatar-se à faculdade e lá vai ele estudar, começar do zero, para ter o curso superior que tanto quer tirar. :)

ML, é tão fácil esquecermo-nos de abrandar. E às vezes bastam 2 ou 3 dias para limpar a cabeça de abusos. :)