Estou há alguns dias a querer partilhar isto convosco, mas tem sido difícil apanhar um momento para escrever com a calma que o assunto merece (curiosamente, a partir do momento em que digo que estou sem grande ânimo para escrever, desato a fazê-lo quase diariamente - isto deve ser alguma espécie de psicologia invertida).
Adiante, há uns dias a Nicole (a minha amiga super talentosa, já gostam da página dela no facebook?) publicou este artigo e achei-o tão verdadeiro que fiquei absorvida. E através dele, cheguei ao blog da Fernanda, o FÊliz com a vida, que entrou directamente para o meu top de preferências. Tive de o ler do início e não parei até ler os posts todos, a Fernanda consegue por por escrito muitos pensamentos que tenho e não consigo ordenar no meu cérebro agitado.
Gostei particularmente da forma como ela encara a vida, e da reflexão que a levou a despedir-se, colocar a vida toda numa mala e partir mundo fora a viajar e a pesquisar sobre a felicidade. Porque a Fernanda não era infeliz, mas viveu a vida toda com objectivos tão específicos, que quando os atingiu pensou "e agora? O que vem a seguir?". E é uma questão que a minha geração enfrenta diariamente. As hipóteses de crescimento profissional e tradicional parecem escassas com a crise, o mundo está cada vez mais pequeno, as hipóteses de explorar o mundo aumentam e se ainda por cima é possível trabalhar e produzir em qualquer canto, como resistir ao apelo? By the way, se não conhecem, espreitem o blog da Rafaela, que está a fazer um projecto semelhante, a aproveitar o facto de ser freelancer para viver noutros países durante 1 ano.
Voltando ao FÊliz com a vida, aconselho que o leiam, espreitem a pesquisa e leiam este post e este também. Referi no post anterior que tenho andado a pensar muito sobre a minha vida, e essas reflexões pareciam ter réplica nos textos dela. Há coisas que não podem acontecer por acaso. E acho que este blog apareceu na minha vida na altura certa. E uma pessoa de repente sente que o mundo pode ser conquistado de mochila às costas. É apenas uma questão de querermos, e de sabermos o que nos faz feliz.
(com isto não quero dizer obviamente que vou largar tudo e fazer-me à estrada, mas num mundo em que parecemos tão limitados, é refrescante ver que existem outros caminhos, menos ortodoxos, mas que fazem tanto sentido. E as possibilidades abrem-se perante nós.)
(via)
10 comentários:
Que me dera ter a coragem para fazer isso, colocar a minha vida numa mala e partir pra ser feliz. Parece tao simples mas requer tanto, temos tantos medos e vivemos tao agrilhoados a esta seguranca ilusória! Vou espreitar este blogue, talvez aprenda algo útil :)
Merenwen, quando vi os teus posts de regresso das férias pensei logo que irias adorar este blog. Lê, aposto que também te vais rever imenso! :)
* O teu post fez-me lembrar a música da doce Clarice Falcão. " O que faz você feliz? Você feliz, o que é que faz? Você faz o que te faz feliz? O que faz feliz você que faz!"
Não conhecia os blogs. Obrigada pela partilha! Dá vontade de partir amanhã!
... obrigada pela partilha, tb me encontro em modo de reflexão e gosto de tudo o que me faça pensar e questionar a vida...;)
Lúcia, não conheço essa música mas a letra é deliciosa! Espreita os blogs, valem muito a pena! :)
Ana, se estás nessa fase da vida vais certamente gostar, eu fiquei maravilhada!
https://www.youtube.com/watch?v=J56lxZ-Oz7Q
Para alegrar o dia!
Que delícia! Obrigada :D
Não conheço o blog da Fernanda mas tenho acompanhado a corajosa da Rafa na sua mega aventura. Às vezes acho que estamos presos a estigmas culturais que mais tarde nos prendem, não nos deixam crescer. Tenho amigas inglesas que fizeram anos sabáticos entre o liceu e a universidade, outras que se lançam em start ups e que todos as apoiam..Aqui? Aqui cada vez que alguém resolve ser diferente - tal como fazer a mala e ir à vida - levamos com os velhos do Restelo todos a agoirar os priores presságios. Tenho um filho nuam idade complicada e por isso não posso dar-me ao luxo de o fazer com facilidade, mas quero que ele, se sentir necessidade, saiba que os pais o apoiam no que ele decidir. E se ele decidir vender bolas de berlim na praia cá estaremos para o ajudar e não torcer o nariz como os meus pais fizeram tantas vezes.
Quanto a ti, seja o que for que ande a navegar nessa cabeça, pensa em TI e depois nos outros. Afinal, tens de estar bem para tratar de quem está certo? :) Beijinhos!
O projecto germina. Absorves as inspirações de outras aventuras, de outras pessoas. O próximo passo é definir as coisas ao teu ritmo. And one day, someone will be blogging about how they did the same inspired by you.
Ana, tens toda a razão. Precisamos de sentir que as opções que imaginamos poderão ser as melhores para nós. Não que eu pense desistir de tudo, estou bastante satisfeita com o meu trabalho neste momento, mas não quero deixar de fazer algo por mim, e tenho aqui algumas vontades que ainda não se transformaram em projecto mas vamos a ver se as levo a algum lado. :)
Obrigada!
Menina Elite, creio que é como dizes, vamos deixando as sementes das ideias germinar, há muita coisa a acontecer. Quanto à última parte... nem penso nisso, mas era muito bom. :) Beijinho grande menina*
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