Já faço este workbook da Susannah Conway há alguns anos, mas acho que só desta vez é que me deixei mesmo absorver pelo processo. Já tenho visto em vários blogs aqui e ali esta coisa de se escolher uma palavra para nos apoiar ao longo do ano, para nos guiar e focar nas nossas intenções, para ser um ponto de partida para os nossos objectivos e conquistas. Aparentemente é uma tendência que está a crescer e tenho de confessar, parece-me muito mais interessante do que listar resoluções.
Com uma palavra definimos aquilo que queremos que seja o nosso ano. E os desafios, objectivos, projectos ou ideias que surjam estarão relacionados com ela. É no fundo, um compromisso connosco próprios e a nossa evolução pessoal, respeitando o lugar onde estamos e para onde queremos ir.
Por causa de 2016 ter sido tão agressivo em mim, e sendo que o burnout foi o que mais me marcou, percebi que o ano que ficou para trás foi um ano de pausa, de ficar o mais quieta que podia, para poder absorver as mudanças que tinham vindo a acontecer desde 2015, de modo a aceitar que a minha vida mudou, que eu mudei.
A parte mais complicada foi aceitar que a indiferença e desmotivação que senti perante tudo era parte do meu caminho, e tive de me ouvir e confiar que quando fosse a altura certa, eu iria ter forças e vontade e motivação novamente. É engraçado olhar agora para trás e verificar que passei por tantas atribulações, decepções, perdas, e perceber que isto faz parte, e que me levou a novos caminhos. Felizmente 2016 terminou numa nota muito positiva, que me traz expectativas boas para 2017.
Perante este cenário e depois de percorrer páginas de exercícios e reflexões (o bem que me fez escrever), percebi que estava pronta a dar os próximos passos, voltar a ser criativa e entusiasmada com as coisas. A minha palavra teria de ser algo que me trouxesse de volta a mim, mas sempre com a noção de que eu mudei. Algo que respeitasse quem eu me tornei, ao mesmo tempo que me desse o empurrão para contrariar a inércia e começar a movimentar-me novamente.
Por isso a minha escolha deste ano foi uma palavra, em inglês, visto que o correspondente em português não tem a mesma carga, que é: BECOMING. Sinto que reúne todas estas especificidades e me dá um bom feeling para o avançar das coisas. Vou empenhar-me e fazer reflexões mensais sobre a minha relação com a minha palavra, e levar esta intenção pelo ano fora. Já tenho um board no Pinterest para continuar a pensar activamente na minha palavra e como me pode motivar.
No final de 2017 quero poder olhar para trás e traçar o meu percurso com um resultado positivo e com a sensação que construí uma parte importante de mim.
E agora vocês… Alguém desse lado já experimentou escolher uma palavra para o ano? Faz-vos sentido ou acham isto um bocado pateta? Se escolheram, sintam-se à vontade para partilhar comigo, adoraria saber mais…
6 comentários:
A palavra do meu ano é DETERMINAÇÃO! :) Escolhi-a e coloquei-a na capa da agenda para não me esquecer daquilo que quero alcançar! :)
E quase que a escolhi pelas mesmas razões que tu escolheste a tua. E achei a ideia do pinterest linda! Acho que me vou inspirar nela e criar um album para a minha palavra também!
É mesmo bom ler-te tão regularmente :)
Beijinhos
Uau Mariana, adoro a tua palavra, muito forte e muito activa. Vou estar atenta a ti este ano... :)
É tão isso. Quando acontecem desgraças na minha vida, que nunca veem sós, no meio do abismo paro um bocado e penso: caraças que o mais provavel é que está por vir algo maravilhoso!
A minha palavra para este ano é EU, mesmo assim, este ano vou ser a minha prioridade, focar em mim e curar me interiormente. Só assim tenho capacidade de dar o meu melhor aos outros.
Felicidades nessa caminhada! =)
Viver a Viajar
Parece-me uma excelente escolha, a tua :)
Eu escolhi EMOÇÃO! Vamos ver como corre!
Gosto muito de te ler e gostei desta ideia da palavra, acho que até agora as palavras referenciadas são muito boas, em 2016 perdi o meu pai, neste momento sinto-me perdida, sinto o mundo a ruir à minha volta, a mudança tem de estar em mim, devo focar-me na minha pessoa, acho que tal como a Marta Chan vou escolher a palavra eu, a mudança está em mim, e não nos outros, se eu for feliz consigo fazer os outros felizes se eu não for feliz vou acabar por culpar os outros da minha infelicidade.
Beijinhos e bom recomeço
Meninas, obrigada pela vossa partilha, adorei as vossas escolhas. :) é bom ver que não faço este exercício sozinha!
Maria Rita, lamento muito pelo teu pai, em 2016 fez 10 anos que perdi a minha mãe e a dor dessa falta nunca se apaga, mas posso dizer-te que aprendes a viver com isso, e consegues ser feliz sim. Ainda hoje, o que me ajuda a levar algumas coisas é precisamente a certeza de que faço coisas que a orgulhariam. Luta por ti como ele lutaria, procura a alegria e a felicidade, ele quer-te feliz. Muita força para ti.
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