quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fazer

Ando há cerca de um ano a perceber que o meu destino tem de mudar, que a minha capacidade criativa tem de ser reconhecida por mim e que tenho de lhe dar espaço e deixá-la acontecer. Ao longo deste ano olhei para tanta coisa e apeteceu-me tanta coisa que a minha cabeça não sabe por onde escolher. Em miúda queria ser escritora e desenhar as ilustrações das minhas histórias, depois descobri a costura, a decoração, a fotografia, o crochet, o feltro, apetece-me tudo e nunca me concentrei em nada. Bem, minto. A decoração de Natal integralmente projectada por mim não esteve nada mal.
Então o que acordei recentemente comigo mesma, e com o aval da minha psicóloga é precisamente fazer o que me vai dando prazer. Este blog existe para isso mesmo. Para me estimular e perder a vergonha de experimentar e para ir catalogando essas experiências, com mais ou menos sucesso, mais ou menos público. 
Por isso já publiquei aqui um texto, por isso coloco aqui esboços que me surgem, as experiências de costura, e acredito que com o passar do tempo terei aqui uma rica composição de influências de onde poderei vir a retirar ensinamentos e a tomar decisões.

Sinto uma grande evolução por simplesmente fazer coisas. Há tempos achava que tinha de fazer tudo a correr e chegar a todo o lado. E agora já não é bem assim, as coisas são para ir fazendo, uma de cada vez, consoante o gozo e prazer que me dêem. Talvez qualquer dia me levem a algum lado, e claro que tenho projectos que pretendo rentabilizar. Enquanto mais nada se passa, vou fazendo e vou evoluindo.
Como esta carteira com padrão Chevron feita por mim, com base neste tutorial. Ainda estou longe de criar algo perfeito, mas depois de conhecer a mecânica deste modelo já me imagino a recriá-lo com outros tecidos, aperfeiçoar o desenho, oferecê-la às minhas meninas, enfim... A satisfação de ter um projecto iniciado e terminado, ainda que imperfeito. Não caibo em mim de satisfeita.




10 comentários:

triss disse...

Está tão gira!
(e ainda bem que descobriste o teu ritmo)

Analog Girl disse...

Obrigada Triss, sinto que se abre um mundo de possibilidades. É fantástico! :)

L. disse...

Eu sinto um pouquinho o que descreves nesse texto. Gosto de desenhar, gosto de pintar, gosto de bordar, gosto de costura (embora nunca tenha feito nada de especial), gosto de manicure, gosto de trabalhos com flores, eh pá, gosto de tudo o que seja manual!
Gostava de um dia poder fazer estas coisas que gosto, tal como dizes, com tempo e dedicação. :)

Analog Girl disse...

Acho que se tentares entrar "à bruta" como eu tentei há uns meses a frustração pode ser grande. Eu passei por altos e baixos, acho que tem muito a ver com a confiança que tens em ti e nas tuas capacidades, e , como diz aquele poster que circula aí pela web (tenho-o guardado algures, ver se o publico) "to live a creative life you must loose the fear of being wrong". Aos poucos e cm calma a coisa faz-se (e com muito apoio dos nossos também). Uma coisa de cada vez, um dia de cada vez...
Boa sorte! :)

Analog Girl disse...

Nós temos mesmo de começar a dar corda aos dedos e à agulha! :)
Estou doida para que o nosso projecto avance. Temos de conversar em breve e começar a avançar com as coisas.

Analog Girl disse...

Ah e obrigada... :)

clau disse...

Subscrevo a Nikki, estou mesmo orgulhosa de ti! Olha que aos meus olhos está perfeita. Quero uma para mim, para levar os documentos de mamã e outra para os documentos do meu bebé quando ele/a nascer. Sim, é a tua primeira encomenda oficial! :) E olha que não estou a brincar... Não mesmo!
(com respeito ao nosso pequeno projecto, já me sinto em "condições" em avançar novamente. depois falamos melhor e vemos as coisas)

Beijos gigantes bababos de orgulho (meus e do teu/tua sobrinho/a)

Analog Girl disse...

E eu levo a encomenda a sério! Preciso é de discutir contigo o que é exactamente necessário para poder fazer algo. E tenho outras coisas em mente mas isso já é surpresa! :)
Muito obrigada minha querida, isto aos poucos vai ganhando corpo!

Andreia Crociquia disse...

Parece-me um bom ensinamento. É o que a vida nos ensina, a ter paciência, a viver com tempo para tirar partido, saborear.

Analog Girl disse...

Tem de ser, o percurso faz-se caminhando e eu já perdi muito tempo em projecções e lamentações porque não consegui fazer ou porque queria mas não sei como. Às vezes basta dar um pequeno passo e tudo muda. :)