Se há dias em que odeio a forma como o sistema tem falhas, bloqueia, não mostra a lista completa de filmes e séries, tem todo um outro lado que me entusiasma, em particular, esta coisa de dar voz e espaço a produções novas e diversificadas. (trouxe o Gilmore girls de volta e só por isso tem o meu amor incondicional).
E a Anne with an E, uma nova abordagem ao clássico "Ana dos cabelos ruivos", que foi SÓ o desenho animado que mais me tocou em criança tinha tudo para e encher as medidas, e quando li o primeiro livro da saga há uns anos, foi um dos poucos livros que me fez chorar, mas admito... Não sabia muito bem o que esperar dali.
Haviam algumas coisas garantidas, a paixão pela vida, o entusiasmo, os delírios e sonhos de olhos abertos da pequena Anne que adoraria chamar-se Cordelia e vestir vestidos de mangas tufadas, que se perde na leitura e na fantasia e entusiasma-se com as pequenas coisas e faz as perguntas mais inusitadas.
Mas o que poderia realmente mais uma série acrescentar àquilo que já conhecemos desta adorável miúda?
Aparentemente, bastante, fiquei agradavelmente surpreendida com a perspectiva fresca, muito feminina - e feminista - com que contam a história.
Começa logo no primeiro episódio, quando a Anne, sabendo que os irmãos que a adoptaram queriam um rapaz para ajudar na quinta e a querem devolver ao orfanato, dispara que pode fazer o trabalho ela, que é rija e forte e pode fazer o que qualquer rapaz faz também.
E depois vão surgindo subtilezas aqui e ali. Os preconceitos da pequena sociedade fechada para com a miúda órfã, o desespero juvenil das mudanças do corpo, da adolescência numa época em que esta fase era vivida em segredo, os pensamentos progressistas e a luta pela afirmação, pela igualdade feminina, e inclusive... uma menção muito óbvia à homosexualidade, cuidadosa e desprovida de preconceitos, porque a Anne é mesmo assim - há uma série de detalhes que não existam antes mas que foram insinuados com tanto cuidado e tão bem incorporados na história que não destoam com a história fantasista e alegre daquela miúda cheia de imaginação.
Devorei a série em 3 tempos, foi uma viagem ao passado, a piscar o olho ao futuro. Se também cresceram com as aventuras da Anne, vejam esta série, não se vão arrepender. A pequena actriz principal, Amybeth McNulty, é a personificação perfeita da personagem, e aquele genérico inicial está absolutamente delicioso,o verdadeiro eye candy. Faltará muito para a próxima temporada? Estou rendida.
E a Anne with an E, uma nova abordagem ao clássico "Ana dos cabelos ruivos", que foi SÓ o desenho animado que mais me tocou em criança tinha tudo para e encher as medidas, e quando li o primeiro livro da saga há uns anos, foi um dos poucos livros que me fez chorar, mas admito... Não sabia muito bem o que esperar dali.
Haviam algumas coisas garantidas, a paixão pela vida, o entusiasmo, os delírios e sonhos de olhos abertos da pequena Anne que adoraria chamar-se Cordelia e vestir vestidos de mangas tufadas, que se perde na leitura e na fantasia e entusiasma-se com as pequenas coisas e faz as perguntas mais inusitadas.
Mas o que poderia realmente mais uma série acrescentar àquilo que já conhecemos desta adorável miúda?
Aparentemente, bastante, fiquei agradavelmente surpreendida com a perspectiva fresca, muito feminina - e feminista - com que contam a história.
Começa logo no primeiro episódio, quando a Anne, sabendo que os irmãos que a adoptaram queriam um rapaz para ajudar na quinta e a querem devolver ao orfanato, dispara que pode fazer o trabalho ela, que é rija e forte e pode fazer o que qualquer rapaz faz também.
E depois vão surgindo subtilezas aqui e ali. Os preconceitos da pequena sociedade fechada para com a miúda órfã, o desespero juvenil das mudanças do corpo, da adolescência numa época em que esta fase era vivida em segredo, os pensamentos progressistas e a luta pela afirmação, pela igualdade feminina, e inclusive... uma menção muito óbvia à homosexualidade, cuidadosa e desprovida de preconceitos, porque a Anne é mesmo assim - há uma série de detalhes que não existam antes mas que foram insinuados com tanto cuidado e tão bem incorporados na história que não destoam com a história fantasista e alegre daquela miúda cheia de imaginação.
Devorei a série em 3 tempos, foi uma viagem ao passado, a piscar o olho ao futuro. Se também cresceram com as aventuras da Anne, vejam esta série, não se vão arrepender. A pequena actriz principal, Amybeth McNulty, é a personificação perfeita da personagem, e aquele genérico inicial está absolutamente delicioso,o verdadeiro eye candy. Faltará muito para a próxima temporada? Estou rendida.
2 comentários:
uau! e que crítica tão bem escrita :)
<3
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