quinta-feira, 1 de setembro de 2016

TB thursday... those vacation days

Custou-me um pouco retomar o assunto das férias. Talvez porque estão imbuídas de uma tal aura de doçura e sossego que não as quero desfiar demasiado em palavras. Apenas quero relembrar o que senti. Férias em duas partes, lado A e lado B, Norte e sul, passado e presente, cheias de momentos mágicos e dias quentes de moleza.

Primeiro a Sul, pelos sítios da minha infância, a minha terra pela primeira vez em anos, na costa ocidental, a apanhar sol, a relembrar como é acordar com o cantar do galo, a percorrer os mesmos trilhos familiares num misto de felicidade e melancolia. Uma primeira parte entre família e amigos, numa espécie de regresso ao passado, mas ao mesmo tempo com a sensação de que uma nova tradição talvez esteja a começar. 



Houve um dia em que o sol não apareceu e estava tudo coberto de neblina. Não resist e saí à rua de pijama e casaco por cima, a fotografar tudo o que encontrava. Adoro estes dias, o mundo parece parar  no silêncio e no sossego e há magia no ar. Parecia um dia de outono, só para mim. À tarde fez-se sol e a praia estava deliciosa. Mas até lá... 









Na segunda parte rumámos ao Norte, a conhecer recantos escondidos, a fazer novos amigos, a comer mais do que devíamos, a descobrir a paz mesmo no meio do caos (imaginem dormir com uma feira cheia de gente e barulhos e carrinhos de choque mesmo à beira de janela e está demasiado calor para fechá-la). Não há palavras para descrever a maravilha que é o nosso país, e mesmo no caos do inferno dos fogos há beleza única e perfeita. Os dias souberam a pouco, mas acabámos entre família e amigos, consolados pelos sorrisos e boa comida.










Todos os dias vimos focos dos fogos, passámos por neblinas densas de fumo. No meio da incredulidade de ver o nosso país a arder, a verdade é que o fumo transformava a luz numa envolvência laranja. Não pude deixar de parar para fotografar.



 (como viram, andei entretida a desenhar por aí...)


Regressei a casa numa paz que durou vários dias. Há algures ainda o eco dessas férias, desses dias de calma e alegria. Guardo-os comigo, para enfrentar os dias que aí vêm. 
A vida real já começou, e já há novos obstáculos a vencer e dias a correrem à velocidade da luz. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

No time

Não tenho tempo para escrever. Não tenho mesmo. Por vezes tento arranhar algum tempo para teclar frases incompreensíveis nos intervalos entre uma tarefa e outra. O meu diário anda ao abandono há mais de um mês.

Estive de férias e regressei ao trabalho com uma calma muito pouco característica em mim, e tenho levado os dias da melhor forma possível. Noto este ano uma grande diferença entre o antes e o pós-férias pela primeira vez na vida. Parece que um qualquer vórtice temporal se impôs e nas duas curtas e básicas semanas de agosto em que fui arejar pelo país fora, o tempo deixou de ter significado e a minha cabeça pôde mesmo fazer reset. Finalmente. 

Acabei de ter um fim-de-semana produtivo como não me recordava. Seja na manutenção da casa e da limpeza, da organização dos meus dias, mas também de ver finalmente a renascer a vontade de criar coisas, de repensar a casa, de criar as minhas peças decorativas, para ver as minhas ideias a ganhar forma. Fui aos tecidos pela primeira vez em mais de dois anos. Já não me lembro de uma série de coisas relacionadas com a costura, mas há poucas coisas que me potenciam a imaginação tanto quanto o tecido. Inicialmente só queríamos o suficiente para estofar os assentos das minhas cadeiras, mas abusámos da quantidade  outras ideias começaram a surgir, para aproveitar o excesso e rentabilizar os gastos. Os meus dedos quase que conseguiam sentir novamente o tremelicar da máquina de costura e consigo perfeitamente imaginar o que quero fazer. E tenho uma sorte enorme em ter a pessoa que tenho ao meu lado, que puxa por mim e me ajuda, aliás, que nem me dá muito tempo para pensar (por vezes compro materiais e hesito na hora de avançar), antes que eu desse conta, já ele andava com o assento da primeira cadeira na mão, a sacar agrafos e a tirar o tecido anterior. E antes que eu pudesse pensar duas vezes, andávamos de agrafador e martelo em punho, a esticar tecido, agrafar e martelar, e a fazer nascer uma cadeira nova em pouco tempo.

Tenho andado deliciosamente ocupada para além de tudo isto. Trabalho dentro e fora de casa, sou a dona de casa e a designer, e aquela miúda sonhadora de livro em punho. Ando a aproximar-me cada vez mais de mim, de quem sou e quero ser. Começo finalmente a reconhecer-me depois de alguns meses de confusão e desorientação.
A vida não ficou mais fácil, pelo contrário, há novos problemas com que lidar e batalhas a lutar. Algumas delas dentro de mim mesma. Mas a convicção de que sairei vitoriosa liberta-me de um peso inacreditável. 
Agora só gostava de vir aqui mais vezes, de verdade. Todos os dias penso em como poderei escrever mais, contar histórias do meu dia a dia, falar das férias…  Ainda não deu, por isso conto com a vossa paciência e apareço sempre que puder.
 Devo-vos algumas fotos das férias e mostrar alguns lugares maravilhosos que visitei por este Portugal fora. O próximo post será repleto de imagens e memórias desses dias, fica combinado.
 Uma boa semana a todos.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Aquelas coisas que aprendemos

A minha mãe começou a namorar o meu pai quando tinha 14 anos. Era portanto uma miúda, mas apaixonou-se e manteve-se com ele ao longo da vida toda. Sempre achei a história deles muito bonita, e o amor deles muito comovente a vários níveis.
No entanto não é sobre os meus pais que vou falar hoje.
Dizia eu que a minha mãe tinha 14 anos, e começou a namorar com o meu pai num Carnaval, portanto, algures em Fevereiro. E, obviamente, isto tornou-se uma distração e no segundo período as notas dela baixaram.
Quando ela recebeu as notas em casa pela altura da Páscoa, a minha avó, como será de esperar em muitas mães ou pais, zangou-se e desatou a barafustar com ela e a ameaçar castigos. O meu avô manteve-se silencioso durante o monólogo da minha avó, a minha mãe de cabeça baixa, envergonhada, a balbuciar desculpas. O meu avô, o homem que mais admiro à superfície da Terra, depois da minha avó se ter calado limitou-se a dizer: “filha, sei que te distraíste e as coisas não correram bem, mas eu sei que tu vais conseguir dar a volta e que vais ter melhores notas no 3º período”.
A minha mãe contava-me esta história tantas vezes a sorrir porque “uma coisa é gritarem contigo, e tu sentes-te com vontade de ripostar e contradizer, outra é darem a entender que têm confiança em ti, e aí não tens outra hipótese senão corresponder ao voto de confiança”.
Esta história é ainda hoje muito importante para mim. Porque funciona a muitos níveis. É claro que dar castigos ou levantar a voz é por vezes inevitável quando se educam crianças. Mas e quando já não são crianças? Esta atitude do meu avô, é, para mim, uma excelente lição de parentalidade, consciente de que cria seres humanos, decentes e capazes de tomar as suas decisões, de se responsabilizarem pelos seus actos.
Para além de que é um exemplo fantástico de liderança. O meu avô, sem querer e sem educação neste sentido, parece-me por vezes um guru ao nível do Simon Sinek. :)
Lembro-me desta história com frequência quando reflicto sobre estes assuntos. Porque há que saber largar o controlo de algumas coisas e simplesmente confiar, especialmente se lidamos com pessoas. E todos os dias lidamos com pessoas.
Hoje pensei muito nisto e só me faz sentido partilhá-la convosco.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Untitled


Já comecei a escrever vários posts nestes últimos meses que justifiquem a minha ausência. Depois de despejar em várias páginas de texto em que desenvolvo diferentes linhas de pensamento chego sempre a uma conclusão muito simples: Estou esgotada. E não há como contornar ou evitar o assunto. Percebi que cheguei ao limite das minhas forças quando passava a vida a sentir-me cansada e de repente esse cansaço transformou-se em desinteresse, desapego e por muitas vezes, tristeza. Parece que me perdi, que já não sei muito bem quem quero ser e o que quero fazer da vida. Este foi o primeiro ano em que fiz anos e não tive bolo ou velas, nem vontade de pedir desejos.
Isto nunca me tinha acontecido. Tenho MESMO dificuldade em fazer os malabarismos do dia-a-dia. Há momentos em que sem saber bem como, perco as forças, o ânimo e a capacidade de pensar sequer. 
Por isso ando em modo pausa até recuperar a vontade.

Cada dia tem sido um processo interessante de recuperação e descobertas em relação a mim própria. Agora, mais do que nunca ando a aprender a ouvir o meu corpo. Ando a abrandar o ritmo, a dar-me tempo para pensar, a tentar perceber quem quero ser e quais os meus próximos passos. E isto tem sido um processo algo solitário mas extremamente enriquecedor. Ando a aprender imenso acerca de mim mesma, do funcionamento da minha cabeça, os meus medos, o que me move, e acima de tudo, a ter paciência comigo própria. (Ajuda imenso ser Verão, porque o próprio ritmo dos dias ajuda a libertar algum espaço mental e a deixar algum tempo para viajar na maionese)

 Depois de alguns dias mais negros em que tive de aceitar que já não dava, de ter cedido, de ter pedido ajuda, começo a recuperar um pouco, sempre cautelosa porque ainda não sei avaliar as consequências de baixar as guardas, mas acredito que o pior já passou. :)
 Estou a partilhar isto, não só para justificar a minha ausência, mas também para deixar aqui espaço aberto ao diálogo. Tenho saudades deste blog e tenho saudades de estar mais presente, saudades de escrever, mas senti-me paralisada por muito tempo, já não sei como levar isto para a frente. Vamos considerar este post como um desbloqueador de conversa, e espero que vocês tenham opiniões, experiências que queiram partilhar comigo e acompanhar-me nesta fase do percurso. 
 Neste momento já só penso nas férias (faltam duas semanas certinhas) e vou voltar às origens, o que me enche de boa expectativa e pensamentos felizes. Por aí já há férias no horizonte? Ou estão a meio? Ou não tiram férias de todo nesta época?
Ainda sem datas marcadas, sem compromissos de maior, tenho só de acrescentar que é bom estar de volta, que penso no meu cantinho quase todos os dias e espero que vocês ainda me visitem e passem por aqui. Mesmo que o optimismo e o entusiasmo sejam mais raros.
Uma boa semana para todos!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Fugir à realidade... só um bocadinho

Não há dia em que passe sem pensar que queria escrever mais por aqui. Mas como vos disse já, ando demasiado ocupada, demasiado desinspirada, demasiado a precisar de férias. Férias até da minha própria cabeça, pois que para ajudar à festa, hoje, depois de muitas buscas, realizei que posso ter deitado um cheque-prenda para o lixo. Pois... São daquelas coisas que só eu faço. Mas adiante. Decidi que não me vou martirizar nem lamentar. Se por acaso não o perdi, encontro-o em breve. Se não, paciência, não me fez particular falta até agora e posso viver sem ele. Com muita pena, mas nada que não se supere.

De resto, com mais ou menos stresse, mais ou menos horas de sono dormidas, vou levando os dias o melhor possível, e começo a ver a balança a voltar a pender para o optimismo. O Benfica ser tricampeão é daquelas coisas que melhora muitíssimo a disposição, mas não é só. 
Ajuda-me andar a ler (e reler) livros que me fazem abstrair da realidade, ajuda que eu deixe a imaginação correr por si só, sem procurar objectivos (isto será assunto para outro post), ajuda ver coisas como esta... Um estúdio fotográfico do século XIX em miniatura, feito pelo artista Ali Alamedy
Hoje cruzei-me com esta maravilha e não consigo tirar os olhos das fotos. Se há uns tempos vos falava de cortes em papel, o que dizer sobre a paciência necessária para recriar um cenário destes? Dá vontade de saltar lá para dentro e conhecer cada detalhe.








Segunda-feira é mesmo o melhor dia para uma evasão à realidade. 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Pausa, sol e yoga

Regressei hoje à rotina depois de uma pausa de 5 dias. Mini-férias. E mesmo que tenha de trabalhar, escrever, limpar a casa e aproveitar o bom tempo para secar roupa, uma pausa é uma pausa. Esqueci-me do trabalho. Voltei hoje já sob pressão. Mas com vontade de ir de cabeça organizada e arrumada. Com vontade de estabelecer critérios, fazer listas de tarefas sem ser demasiado rígida, saber onde posso ter mais flexibilidade e onde tenho de apertar. Sabe bem deixar o dia rolar. Não acontece todos os dias. Mas na Primavera/Verão acontece mais. 
Fiz uma aula de yoga no sábado, daquelas do youtube. Estava perra como já não me recordava. Hoje repeti-a e o meu corpo lembrou-se melhor do que é a flexibilidade. Estou ansiosa de ver como ele reage amanhã ou depois. Estou leve e sinto a pele a respirar.
Voltei a comer tremoços, e a sentir o sol na pele. Escaldei as pernas nos buracos das calças. Molhei os pés na água fria da costa, fiquei com dores de cabeça. Li muito um livro que surgiu inesperadamente, e inesperadamente, é bem melhor do que se previa no início. Tento comer melhor, acalmar o gosto pelos doces.  Não tirar fotos de nada e apenas aproveitar. Não procuro a perfeição, apenas dias mais equilibrados, mais pacíficos. Acalmar estas palpitações que o café que voltei a beber provoca. Deixar novamente o café, mas lembrar-me que é quase época das minis e mojitos. Fazer planos para fazer uma vida mais de rua, mais de sol, de mar e calor. Fazer planos para jantares românticos, fazer planos para uma vida mais minha. Os dias não são todos assim. Há que sorrir com eles. 
Boa semana curtinha pessoal!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Coming back

Ainda não sei bem com que tom deva marcar o meu regresso. Faz agora dois meses que não escrevo por aqui e as saudades apertam. Já escrevi dois ou três textos, ainda não sei se estou a fazê-lo como eu queria e gostava mas… Mais vale imperfeito que ausente.
Os meus dias têm sido difíceis. Esta talvez seja a maneira mais bonita ou suave de o dizer. Não que eu esteja na expectativa que tudo seja fácil e colorido, mas ao escrevê-lo e assumi-lo… Sinto que estou a torná-lo mais real. E custa-me admitir que tenho vivido num estado semi-depressivo enquanto tenho coisas maravilhosas a acontecer-me. Que têm havido demasiados dias com lágrimas no meio de coisas tão boas. Mas talvez faça parte da evolução e crescimento, às vezes a vida é mesmo assim.

A mudança de emprego foi agridoce. Mais para o “agri” do que para o “doce”. Houve mesmo dias em que me questionei o porquê desta mudança. Não me arrependo, mas pus muita coisa em causa, pensei muito no lado humano e no que significa o trabalho de equipa e aprendi muitas coisas com esta experiência. O lado mais positivo disto tudo… Faz-me questionar tudo o que antes tomava por garantido. Será certamente algo de bom para me preparar para o futuro. E faz-me sentir que o futuro é sempre algo em aberto. 

Fora deste rebuliço, sou feliz em casa, tenho-me recolhido e refugiado nas minhas quatro paredes, a dois ou a três, e planeio uma primavera cheia de projectos de melhorias em casa, e alguns DIY. O projecto Sweet Rebel está a ser um desafio entusiasmante. Abre-me portas, dá-me motivação onde falta no dia a dia, dá-me desafios e obriga-me a escrever mais frequentemente. Estou a adorar tudo o que esta experiência me proporciona, aprendo cada vez mais sobre mim mesma e sobre os meus limites e capacidade de organização. Há dias em que custa fazer malabarismos entre trabalho, gestão da casa, sweet rebel e ainda procurar um espacinho para me sentar no sofá a rever os episódios do Breaking Bad no Netflix (sou uma mulher de vícios, o que fazer?), mas vale tanto a pena.

E agora, quando começo finalmente a encontrar o equilíbrio entre tudo, sinto que há finalmente espaço para voltar ao blog. E tenho até algumas ideias para isto, que gostava mesmo de levar a cabo. Sem obrigações e sem pressões, porque o meu blog continua a não ter agenda editorial, mas quero regressar, arrumar o espaço e continuar a receber-vos.
Vamos a isso então. Com mais ou menos optimismo, por a coisa a andar. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

It's out there

Sempre fui aquela miúda estranha. A geek, com um sentido de humor meio esquisito, que suscitava vergonha alheia e vivia com o nariz enfiado nos livros. Soube durante muito tempo o que é ser carta fora do baralho, e recordo-me da sensação estranha que foi, no 9º ano perceber que fui a única a ir para artes. E essa decisão foi o primeiro passo que alguma vez dei em direcção à liberdade e afirmação de quem sou. Essa decisão salvou-me a vida, deu-me força para perseguir o que quero e gosto (e pensar que estive tão perto de escolher letras).
Passados tantos anos, já dei vários passos, não sem a sua dose de tropeções, e apesar de ter criado o meu espaço, ainda me sinto, orgulhosamente, a carta fora do baralho.
E aqui, no meu novo projecto que hoje diz olá ao mundo pela primeira vez, e muito bem acompanhada por 4 meninas fenomenais sei que tenho algo a dizer, e que a minha voz faz sentido em algo tão bonito e fora do comum. Não, não somos um site de casamentos, somos 5 miúdas a abrir os braços a todos os casais que querem que o seu dia seja uma opção sua, não uma festa espartilhada em tradições. A criar e dar espaço para que quem quer fazer algo diferente não se deixe levar pelas críticas alheias. Para que a sua voz seja ouvida, sem preconceitos. Um espaço para a arte, para as decisões em nome-próprio, para as cartas fora do baralho viverem o dia mais feliz da sua vida. Clichés à parte.
Venham visitar-nos, gostem-nos, inspirem-se. Vai merecer a pena a viagem.

Nada me preparava para o que ia acontecer hoje depois de postar este texto no facebook. Uma semana mal dormida desde domingo, muito trabalho, nervos, entusiasmo e dedos cruzados. Na terça-feira apontávamos os últimos detalhes e eu preparava febrilmente imagens teaser para o facebook. Hoje de manhã, pelas 9h, cheias de entusiasmo, eu es outras 4 meninas mudámos as fotos de perfil, tiradas pela maravilhosa Marta. Esta foto, com este texto, abriu as portas para algo que eu não esperava: uma onda de carinho sem precedentes, um chover de comentários e boa energia como nunca tinha experimentado. 

Sentia a circulação a pulsar em cada canto do corpo, toda eu formigava. Foram 3 meses de trabalho de bastidores, de reuniões loucas, de risota e de partilha de mil ideias. Foram 3 meses de preparação para que hoje pudéssemos dizer olá ao mundo.
E assim nasceu o Sweet Rebel Bride, no meio de amor, euforia e tanta agitação digital, tanta partilha. Pessoas com quem não falava há anos felicitaram-me, partilharam, foram lá e deixaram-me tão feliz. Foi algo sem precedentes.
Mas não podia de deixar vir aqui, deixar as palavras que ainda não consegui deixar no facebook. Estou de coração cheio. Não há como agradecer cada palavra de apoio e carinho que deixaram, não há como explicar a emoção que senti. Foi uma experiência maravilhosa, e em dias tristes ou quando a motivação falhar, hei-de relembrar como foi este dia e tudo vai ficar bem. Só por isto valeu a pena. E sabe-se lá o que vem daí...
Foi mesmo um dia em cheio. 



Uma coisa maravilhosa neste projecto? Há sempre um lado nosso, meu e das outras meninas, que faz sentido. Há espaço para todas, para as nossas especificidades, para as nossas personalidades. E acredito que temos algo de muito bom em mãos, e com o tempo, há-de abrir espaço para muita gente criativa e com vontade de fazer coisas diferentes. 
Acompanhem-nos nesta nova aventura, acredito que vai ser memorável. 

Espreitem-nos por aqui:

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

5 blogs internacionais para seguir

Ultimamente tenho dado por mim a pesquisar pela net fora feita louca. Esta coisa de participar num projecto novo (está quase quase cá fora, na devida altura conto tudo) e de ter algumas limitações no acesso à net no local de trabalho obrigaram-me a ser mais inventiva nas minhas buscas quando tenho tempos mortos. Aos poucos sigo sites mais especializados e trato cada vez mais o Behance e o LinkedIn por tu. E de tempos a tempos dou por mim a descobrir alguns blogs internacionais que de outra forma não me passariam pelos olhos e merecem a pena ser destacados e fazer parte da minha lista de visitas diárias.

Design is Yay


A blogger com o nome mais engraçado com que alguma vez me deparei, Wita Puspita (sim, parece que é mesmo o nome dela). Esta designer chinesa, que passou pelas Filipinas e mora na Austrália tem um dos blogs mais criativos e easy-going que me lembro de ver. Quando o descobri, fiz algo que não fazia há uns bons 5 ou 6 anos, fui ler os arquivos do blog desde o início… É uma bomba de inspiração e boa energia e está recheado de freebies. Merece a pena espreitar.


Oh so beautiful Paper



Blog de lifestyle cheio de projectos DIY com muito bom gosto, fotos maravilhosas e é uma óptima fonte de inspiração por si só. Parece-me ter um foco especial em estacionário, mas o que me inspira acima de tudo neste blog são mesmo os cocktails… 

The crafted life


Aposto que já muita gente conhece este, e o nome não me era estranho, mas pela primeira vez dediquei-me a olhá-lo com mais atenção e fiquei rendida. Acho que ando fascinada com estes blogs simples e coloridos. E ao olhar para isto ando cada vez com mais vontade de voltar a fazer alguns DIY’s… 

Lark & Linen


Blog de design de interiores e lifestyle. Há algum tempo que não encontrava nada de novo que me enchesse o olho nesta área. Adoro o look simples e depurado e está repleto de fotos bonitas e de inspiração bem catita. Check it out! 

Lisa Glanz


Encontrei esta artista no Behance por acaso e adorei. Tenho pena de não actualizar o blog com frequência, mas é uma bela fonte de informação e inspiração. E graças a ela já comecei a pesquisar novos métodos de trabalho que me serão úteis em tantas outras coisas.

Ficaram curiosos com algum?  

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

London time!

Tenho a sensação que tenho sonhado com Londres todos os dias. Nada de muito elaborado ou exaustivo, é mesmo só a impressão que fica ao acordar, uma vaga lembrança de passear nas ruas da cidade, de me sentir no meio daquela arquitectura e ambiência. 


Acho que não preciso de dizer que a viagem correu maravilhosamente bem. Num espirito de turista, sem dúvida, mas de alguma forma, perfeitamente misturada no ambiente da cidade. O que senti em Londres, acima de tudo, foi uma familiaridade enorme, não só por poder ver ao vivo e a cores os cenários e pontos-chave que conheço dos livros e filmes desde a infância, mas porque de alguma forma, tudo por lá me fez lembrar tantas coisas minhas, de outras viagens, de outros tempos. Londres tem de tudo, faz-me viajar no tempo e no espaço… e na maionese. Na catedral de S. Paulo quase esperava ver a senhora dos pombos a vender os saquinhos de migalhas (quem não conhece a referência, é da Mary Poppins, mas já agora vejam que merece sempre a pena).


O passeio começou logo durante a tarde de sexta. Fui ao meu muito desejado, Portobello Market. Perdi a conta às vezes que cantarolei a música “Portobello Road” daquele filme da Disney Bedknobs & Broomsticks (mais uma vez, um clássico que merece a pena), e me perdia pelas ruas, pelo sossego (porque era sexta e chovia), pelas lojas e pelas cores. Desejei poder entrar num café, lanchar a ver o movimento na rua, e ficar ali horas intermináveis simplesmente a aproveitar. Mas não havia tempo. Ainda calcorreei algumas ruas de Notting Hill, maravilhada com aquele ambiente tão característico e terminei o dia em Hyde Park, a percorrer os caminhos vazios e a ver o céu escurecer, visitar a estátua do Peter Pan e voltar a sonhar com a minha personagem preferida da literatura, e a fazer uma larga caminhada por South Kensington até ao hotel (não muito longe dali), espreitando lojas e tirando fotos pelo caminho.





No sábado comecei em Buckingham, desci até Trafalgar square e espreitei a National Gallery e suspirei com tanta obra de alguns dos meus artistas favoritos. De seguida foi a vez do parlamento, vi o London eye, passeei por Westminster, subi até Baker street para visitar a casa do Sherlock Holmes. Percorri mais um boa parte da cidade até Oxford street e Picadilly Circus, espreitei Chinatown e a M&M store. Bebemos uma Guiness num pub e terminámos o dia num restaurante marroquino onde uma bailarina com um peito de um tamanho proibitivo, dançava a dança do ventre. Aquilo é hipnótico!



(um esquilo em St. James's Park... irresistíveis)



(a mesa de cabeceira de Mr. Holmes) 

Domingo passei pela Tower Bridge e a Torre de Londres. Viajei no tempo e passei por Whitechapel na trilha do Jack the Ripper, e fui a Camden e rendi-me. Não sem antes passar por King’s cross e pelo carrinho do Harry Potter, prestes a apanhar o Hogwarts Express. Terminei o dia passando rapidamente pelo Harrods, visita curta essa porque os meus pés precisavam de descanso urgente. 





(fish and chips anyone?) 





Se no domingo estava de rastos, na segunda já estava preparada para mais e, para as despedidas ainda fui à catedral de S. Paulo e passei pelo bairro de Chelsea, em parte para ver o estádio, porque o homem vive e respira bola e tinha de aproveitar. Há sempre coisas que ficam penduradas, mas certamente que vou voltar. Várias vezes, se puder. 

O último dia deixou ainda mais saudades, porque, com (quase) tudo visto, pudemos finalmente caminhar com calma e sem destino e aproveitar a cidade com outro ritmo. Tinha passado a ganância de ver tudo porque não havia tempo. É curioso como me parece que tanto no primeiro dia como no último é que as viagens são realmente aproveitadas, são aqueles momentos em que levamos as coisas com calma e deixamo-nos envolver pelo ambiente da cidade, sem seguir escrupulosamente o mapa ou a lista. No primeiro dia há muito tempo pela frente, no último não há nenhum. E ambos traduzem-se em passeios mais lentos e tranquilos.

Londres superou todas as expectativas. Fui-me embora com uma melancolia enorme porque ainda não estava preparada para regressar, e isto não acontece em todas as viagens, normalmente fico logo com saudades de casa. Hoje faz uma semana que lá cheguei, acho que teria ficado lá mais alguns dias senão indefinidamente, mas estou feliz com esta pequena experiência, e na esperança de repetir a viagem e ter todo um novo leque de experiências por viver. Podemos sempre continuar a alimentar sonhos e viagens, ou sonhos de viagens...