Meti na cabeça que precisava de fazer uma ilustração. Precisava de algo com significado, com uma finalidade. E disse-o à minha coach, este era o meu próximo projecto, precisava de construir algo desde o início.
Então escolhi este dia. Como uma homenagem, uma lembrança da minha mãe.
E por onde começar? Queria que o dia da mãe fosse o dia da minha mãe, daquilo que sinto e que é só meu, as minhas recordações dela. Então lembrei-me de que ela era o meu porto seguro, a minha casa, onde eu era criança e aprendi a crescer. Cuidava de mim, de que eu estivesse sempre bem vestida e alimentada, ajudava-me a aprender e a superar os momentos difíceis, ajudava a curar-me as feridas (as superficiais e aquelas do coração), que me ouvia com paciência infinita, mesmo quando o assunto não lhe interessava. E a porta do coração dela está sempre aberta para mim.
A morte dela fez-me adulta. E não voltei a morar naquela casa, apesar de continuar a sentir-me segura. A força do amor dela perdura dentro de mim. E hoje é o dia dela. Da minha mãe.
I had the thought that I needed to make an entire illustration. I needed something with significance. And so I told my coach this would be my next project, something I would create from the begining. So I chose this day. Like an homage, a reminder of my mother.
But where to start? I wanted this mother's day would be my mother's day, of my feelings towards her, and my memories of her. Then I remembered how she was my safe spot, my home, where I could be a child, learning to grow. My mother would take care of me, dress me, feed me, helping me learn and supporting me in difficult times, helped to cure my wounds (the superficial ones, and those of the heart), listened to me with infinite patience, even if she didn't care about the issue. And the door to her heart is always open to me.
Her death made me a grown woman. And I never lived in that home again, although I still feel safe. The strength of her love lives on within me. And today is her day. My mother's.