Ando há cerca de um ano a perceber que o meu destino tem de mudar, que a minha capacidade criativa tem de ser reconhecida por mim e que tenho de lhe dar espaço e deixá-la acontecer. Ao longo deste ano olhei para tanta coisa e apeteceu-me tanta coisa que a minha cabeça não sabe por onde escolher. Em miúda queria ser escritora e desenhar as ilustrações das minhas histórias, depois descobri a costura, a decoração, a fotografia, o crochet, o feltro, apetece-me tudo e nunca me concentrei em nada. Bem, minto. A decoração de Natal integralmente projectada por mim não esteve nada mal.
Então o que acordei recentemente comigo mesma, e com o aval da minha psicóloga é precisamente fazer o que me vai dando prazer. Este blog existe para isso mesmo. Para me estimular e perder a vergonha de experimentar e para ir catalogando essas experiências, com mais ou menos sucesso, mais ou menos público.
Por isso já publiquei aqui um texto, por isso coloco aqui esboços que me surgem, as experiências de costura, e acredito que com o passar do tempo terei aqui uma rica composição de influências de onde poderei vir a retirar ensinamentos e a tomar decisões.
Sinto uma grande evolução por simplesmente fazer coisas. Há tempos achava que tinha de fazer tudo a correr e chegar a todo o lado. E agora já não é bem assim, as coisas são para ir fazendo, uma de cada vez, consoante o gozo e prazer que me dêem. Talvez qualquer dia me levem a algum lado, e claro que tenho projectos que pretendo rentabilizar. Enquanto mais nada se passa, vou fazendo e vou evoluindo.
Como esta carteira com padrão Chevron feita por mim, com base neste tutorial. Ainda estou longe de criar algo perfeito, mas depois de conhecer a mecânica deste modelo já me imagino a recriá-lo com outros tecidos, aperfeiçoar o desenho, oferecê-la às minhas meninas, enfim... A satisfação de ter um projecto iniciado e terminado, ainda que imperfeito. Não caibo em mim de satisfeita.