Antes
de mais peço desculpa pelo atraso deste post, era suposto ter sido
publicado ontem mas confesso que me deu uma preguiça gigante e uma
moleza pouco usual em mim (normalmente passo o dia com sono e à noite
estou acordada como uma coruja) e acabou por ficar tudo pela intenção.
O fim-de-semana passado foi daqueles que tenho de falar, porque não quero esquecer. Coube tanta coisa em apenas dois dias e aprendi tanto, que pareceu quase que tive uma semana preenchida.
Tudo começou com uma sexta feira agitada em que só cheguei a casa às 9h da noite, tinha ido até Lisboa, fui às compras ao supermercado e ainda passei pela loja dos bolos no Alegro antes de ir para casa. O motivo? Fazer um bolo para a festa de anos do filho de uma colega.
É engraçado que sempre adorei fazer bolos e doces e sempre me safei bem, mas perante a responsabilidade de fazer um bolo para uma festa a sério (tendo em conta que no outro dia consegui fazer uma tarte de limão merengada intragável), tive muito receio que não saísse bem. Fiz o bolo calmamente na sexta, decorei-o com jogadores de futebol no sábado de manhã, entreguei-o à minha amiga e fui fotografar um pequeno evento de trabalho. Passei o sábado todo em ânsias de saber como teria corrido.
Acho curioso como uma coisa tão simples e pequena me tenha causado esta ansiedade. Mas percebo o porquê, afinal a minha colega pagou-me pelo bolo. A responsabilidade era maior e era algo completamente novo. Se fiz bolos antes? Sim, vários. Se alguma vez fui paga por isso? Não. E será que me atrevo? Bem, atrevi-me.
Resolvi
aceitar o desafio, ser paga por algo que sei não ser uma especialidade.
Criar relva falsa (coco e corante) e colocar jogadores de futebol em campo.
Sair da zona de conforto. E pôr um valor no que faço e saber que no
fundo sou uma pelintra que não se orienta minimamente com isto.
No final, estava bom, fez sucesso e tanto crianças como pais gostaram. E eu fiquei nas nuvens. Consegui superar-me, fazer algo diferente, traduzi-lo em dinheiro e no final não desapontei ninguém. E não me senti tão pelintra também.
No final, estava bom, fez sucesso e tanto crianças como pais gostaram. E eu fiquei nas nuvens. Consegui superar-me, fazer algo diferente, traduzi-lo em dinheiro e no final não desapontei ninguém. E não me senti tão pelintra também.
Ainda sobre zona de conforto... Fui fotografar duas senhoras a fazer um makeover. Ambas estavam desconfortáveis com o corpo, com a mudança de look e acima de tudo, com as fotografias. Não sou uma fotógrafa experiente, tenho algumas bases da época da faculdade e faço-o por gosto e curiosidade. Prefiro fotografar objectos do que pessoas, porque eu própria não tenho muito jeito com as pessoas, e também não gosto de ser fotografada.
Então a atrapalhação delas também me atrapalhava a mim. No entanto, ao longo da experiência, elas foram fortalecendo a curiosidade, e a mulher que eu fotografei no início acabava por não ser a mesma que fotografei no fim, com maquilhagem, cabelo arranjado, e roupas mais elaboradas. Foi um prazer imenso.
Não só vi em poucas horas o que uma simples transformação externa pode fazer pela auto-estima de alguém (elas podiam estar produzidas por fora, mas garanto-vos que o brilho vinha de dentro), como eu própria me deixei levar e influenciar e a experiência também se tornou diferente e reveladora para mim.
E há muito que se podia dizer sobre este assunto, mas ficará para outro post.
Portanto conseguem perceber as lições fantásticas que aprendi em tão pouco tempo. O resto do fim-de-semana foi passado na praia, na minha varanda a beber mojitos e a relaxar, com as pessoas que amo e sempre de coração cheio. Hoje estou a ter um dia tramado, mas quando me lembro das coisas que aprendi e que tenho o privilégio de testemunhar, sei que vale tudo a pena.
Então a atrapalhação delas também me atrapalhava a mim. No entanto, ao longo da experiência, elas foram fortalecendo a curiosidade, e a mulher que eu fotografei no início acabava por não ser a mesma que fotografei no fim, com maquilhagem, cabelo arranjado, e roupas mais elaboradas. Foi um prazer imenso.
Não só vi em poucas horas o que uma simples transformação externa pode fazer pela auto-estima de alguém (elas podiam estar produzidas por fora, mas garanto-vos que o brilho vinha de dentro), como eu própria me deixei levar e influenciar e a experiência também se tornou diferente e reveladora para mim.
E há muito que se podia dizer sobre este assunto, mas ficará para outro post.
Portanto conseguem perceber as lições fantásticas que aprendi em tão pouco tempo. O resto do fim-de-semana foi passado na praia, na minha varanda a beber mojitos e a relaxar, com as pessoas que amo e sempre de coração cheio. Hoje estou a ter um dia tramado, mas quando me lembro das coisas que aprendi e que tenho o privilégio de testemunhar, sei que vale tudo a pena.
Boa terça-feira pessoal. Deixo-vos fotos do bolo, agora que sei que estava bom ainda me apetece mais prová-lo. Ficam para a posteridade.