Ando há dias a pensar que queria ter muitas palavras bonitas para escrever um post sobre a minha viagem. E não me sai nada. Foram dias com vários altos e baixos, alguma dificuldade em adaptar-me à cultura, mas quando terminaram dei por mim absolutamente apaixonada. Não consigo por em palavras o que é esta viagem.
Mas percebo que adiar a descrição só me faz começar a esquecer detalhes. E ontem, num serão com uma amiga mostrei as fotos do meu telefone e as memórias fluíram. E não podia esperar mais. Ainda que não tenha estruturado um post ou pensado num texto com cabeça, tronco e membros, percebi que estava na hora de retomar o andamento do blog e mostrar-vos por onde andei.
Foram 17 dias intensos, em que fomos arrancados da nossa zona de conforto e em que nos forçámos a lidar com uma realidade tão diferente e estranha.
Foram 17 de experiências novas, de algumas saudades de casa mas também com uma curiosidade imensa em relação a tudo o que víamos e vivíamos. E assim, ainda que incompleto e impefeito, deixo-vos neste post alguns dos meus passos marcados pela câmara do meu telefone, que eternizou cada momento. Com alguns comentários, claro.
Bangkok
O Buda deitado é mesmo uma visão impressionante, mas o que mais me tocou foi a origem de um barulho metálico que ecoava por todo o templo. Atrás do Buda existe uma fileira de pequenas taças metálicas onde as pessoas colocam moedas, uma moeda por cada uma das trinta ou quarenta taças, e o som era algo de cristalino e quase mágico. A devoção dos budistas tocou-me muito, há rituais lindos.
O primeiro passeio de tuk-tuk...
... E a molha que se seguiu.
Comida com aspecto duvidoso (e o cheiro, agressivo e pungente)...
... E comida com aspecto delicioso.
Bangkok visto de cima...
Chiang Mai
Sem dúvida que soubémos escolher hotéis, todos eles bem servidos de piscinas. Este tinha logo duas, mas a arquitectura e a decoração, foi mesmo o que mais me impressionou (de todos, o que tinha mais elementos tradicionais). Não me cansarei de o recomendar.
Os táxis em Chiang Mai proporcionavam sempre bons momentos. Uma noite, num destes, entrou-nos um rapaz enquanto estávamos em pleno movimento, deu as boas noites, sentou-se, ao fim de um par de quarteirões saíu, desejou boa noite, pagou ao taxista e desapareceu na cidade. Acho que ficámos o tempo todo meio boquiabertos com a facilidade com que ele nos invadiu a boleia, e ao mesmo tempo não faltou ao respeito a ninguém.
A cor dos mercados noturnos, vistos de fuga.
... Acho que gostou de mim.
Railay Beach (ou o Paraíso)
O tour pelas Phi Phi começou aqui.
Cenário caótico em Maya Beach, sim a praia do filme. E sim, é linda de morrer e tem a areia mais branca e fina de todas as praias, mas está constantemente atulhada de turistas, metade da praia está cheia de barcos, e a outra metade cheia de gente. E há lixo no chão, no entanto as pessoas respeitam-se, há segurança e um ambiente de euforia generalizada que nos conquistou.
O último por-do-sol em Railay
Koh Yao Yai
O restaurante com a melhor comida que provei nestes dias.
A descontração das pessoas/famílias inteiras a andar de mota nunca pára de me surpreender.
Último passeio de Long-tail. Amei, se pudesse tinha um.
A despedida da ilha. Ainda hei-de fazer um post sobre Koh Yao, estive três dias naquela ilha e é não há palavras para explicar o quanto eu amei aquele sítio. Há ali um ambiente muito virgem, muito especial. E é dotado de uma paz enorme, foi onde me senti mais tranquila.
Conto mais em breve. Bom fim-de-semana.