Não sei se já tinha dito antes, mas adoro objectos antigos, com história. O tão badalado vintage. Ando há que tempos para me dedicar seriamente e ir a uma feira de antiguidades com dinheiro para gastar, porque realmente adoro objectos antigos e imaginar por onde passaram, quantas mãos os seguraram, quantos anos a mais que eu têm e quanto mais irão durar. E o que posso fazer para os acomodar em casa. A minha vontade de comprar molduras antigas e pintá-las anda a passear-se pela minha cabeça há meses.
E tenho uma sorte danada em ter as velharias que ninguém da família quer. Ou que aceitem que eu fique com elas porque sou uma perdida pela história dos objectos e gosto deles, mesmo partidos, com a madeira lascada, com pintura desbotada pelo uso e quero mesmo que fiquem em destaque cá por casa. Tenho sorte de ter um companheiro que gosta do mesmo que eu, e cá nos vamos servindo do espólio familiar e vamos compondo a casa com cada vez mais pormenores vintage, que nos deliciam todos os dias.
A luz do final de dia estava irresistível, não consegui evitar tirar fotos dos meus objectos mais preciosos com esta tonalidade amarela que lhes dá uma vida tão própria.
(As nossas máquinas fotográficas. A da direita pertenceu ao meu avô - e tenho fotos minhas tiradas com esta máquina - e a da esquerda comprámos na feira do Príncipe Real. Este recanto ainda terá um print grátis que encontrei nessa net fora mas que ainda não foi impresso para ser exposto)
(A menina dos meus olhos com quase 100 anos, a máquina singer que foi da minha bisa e que muita costura para a minha mãe e os meus tios por lá passou. A agulha que ainda lá está provavelmente ainda foi usada por ela, já me aconselharam a retirar para ser mais seguro, mas como posso fazê-lo? Adoro os mecanismos velhos e enferrujados pelo uso)
(A aparelhagem de fita de um primo que acho que nunca conheci. Toda a minha vida me lembro de a ver em casa dos meus avós sem saber do que se tratava, até muito recentemente quando a minha avó decidiu despachá-la para nós, visto que o P. adora música e este tipo de material. Ainda temos de ir buscar bobines que ainda trabalham, e experimentar ligá-la e ouvi-la. Vai ser um estrondo.)
(A menina dos olhos do P., a clássica Stratocaster que esta semana foi morar connosco por um preço muito acessível. Soubesse eu tocar alguma coisa e também me agarraria a ela, mas gosto de a ver, simplesmente, apreciar o toque da madeira e a evolução do meu rapaz nos dotes musicais.)
Também tenho uma caixinha de costura que foi da minha mãe em miúda, onde estão os botões que colecciono. Ainda vou pedir mais alguns à minha avó. Adoro botões e ainda hei-de arranjar-lhes uso brevemente. Quando voltar às lides da costura, creio. Ficarão para um próximo post.
E por aí? Também namoram os objectos antigos da casa da avó ou nem pensam nisso?