quarta-feira, 24 de julho de 2013

Before midnight

Ontem foi finalmente o dia em que peguei em mim, ignorei o cansaço e as mil e uma coisas que tenho a fazer antes de ir de férias e fiz uma merecida pausa para ir ao cinema e ver o Before Midnight.
E não sei se foi de ter lido pela blogosfera fora tanto comentário menos entusiasmado, as minhas expectativas estavam baixas, por isso o filme foi uma agradável surpresa para mim. Então voltei a perder-me naquele mundo do Jesse e da Céline, nas suas reflexões da vida, do amor, das escolhas que fazemos e da morte. Este filme fecha o ciclo e deixa a janela aberta para um futuro esperançoso, muito como a vida real. Ser mais velho não significa ter as respostas todas, pelo contrário. Mas é bom percorrer a vida em conjunto.
Gosto de ter crescido com eles, de me ter conseguido identificar com cada fase da vida deles e partilhar muitas das mesmas dúvidas, sonhos e reflexões. Lembro-me tão bem de discutir o primeiro filme com a N., a minha melhor amiga dos tempos de escola (e ainda nos dias que correm), durante horas, ambas maravilhadas com a simplicidade da história, a história de amor tantas vezes suspirada  e com a intimidade que conseguimos estabelecer com as personagens. E agora aqui estamos. E nem vou lamentar que este seja o último filme, faz todo o sentido que assim seja. É perfeitamente imperfeito. Como a vida.


Yesterday was finally the day that I picked myself from all the tiredness and the thousand and one things to do before going on vacation and took a well deserved break, I went to the movies and watched Before Midnight.
And I don't know if the less positive comments I read in some blogs, but I lowered my expectations and it turned out to be a pleasant surprise for me. So I let myself loose in the world of Jesse and Céline, and their reflexions of life, love, our choices and death. This movie closes a cycle and let the window open for a hopeful future, so much like real life. Being older doesn't mean having all the answers, on the contrary. But it's nice to figure out life with company.
I love that I grew up with them, that I can relate to every phase of their lives and share so many doubts, dreams and thoughts. I remember discussing the first movie with N., my best friend in school (and still, today), for hours, both of us marvelled with such simplicity, the love story that made us sigh, and the conection we were able to find between us and the characters. And now here we are. And I'm not even going to be sad that this is the last movie, it makes all sense that it is. And it's perfectly imperfect. Like life.

8 comentários:

L. disse...

Eu também gostei muito. É o mundo deles de novo. Mais uma vez, mas com mais idade. Gostei da triologia e foi com ânsia que corri para a estreia no Indie Lisboa para o ver. Voltei a rir-me e a chorar com eles.
Há sempre esperança :)

Merenwen disse...

Ainda nao fui ver mas quero tanto. Adoro os filmes, adoro ter crescido com eles e fazerem-me lembrar de épocas distintas da minha vida. Nao me assusta que o amor deles possa estar mais desencantado, na vida real também é assim.

Analog Girl disse...

Concordo. Este filme faz-nos acreditar na vida, por muito difícil que seja. Eu poderia ter tido bilhete para o Indie de borla mas só descobri depois... (a frustração!!).
Mas mais vale tarde que nunca.
Mereceu muitíssimo a pena e não me decepcionou. E adorei alguns pormenores meio escondidos nos discursos que remetiam aos filmes anteriores.

Analog Girl disse...

Merenwen, vale tanto a pena, tens de ir ver. Vais gostar.
Eu adoro a maneira como estes filmes não douram a pílula, está tudo retratado com um realismo incrível.

A Mocha disse...

Tenho mesmo de ver esse filme :)

art.soul disse...

Ainda não vi este último mas, curiosamente, ao fazer zapping, revi o primeiro uma destas noites. E soube muito bem. Adoro este filme :)

Analog Girl disse...

Ahahahahah! Art, acho que toda a mulher que eu conheço reviu o filme quando deu na tv! Que giro!
E é lindo, sempre! :)

Enjoy the Ride disse...

finalmente uma opinião favorável. não foi fácil, porque me parece que é difícil para nós rever no ecrã a realidade, nua e crua, de tantos de nós. ainda não consegui ver, mas já fiquei com mais vontade. :)