terça-feira, 30 de junho de 2015

A great weekend and something about the comfort zone

Antes de mais peço desculpa pelo atraso deste post, era suposto ter sido publicado ontem mas confesso que me deu uma preguiça gigante e uma moleza pouco usual em mim (normalmente passo o dia com sono e à noite estou acordada como uma coruja) e acabou por ficar tudo pela intenção.

O fim-de-semana passado foi daqueles que tenho de falar, porque não quero esquecer. Coube tanta coisa em apenas dois dias e aprendi tanto, que pareceu quase que tive uma semana preenchida.

Tudo começou com uma sexta feira agitada em que só cheguei a casa às 9h da noite, tinha ido até Lisboa, fui às compras ao supermercado e ainda passei pela loja dos bolos no Alegro antes de ir para casa. O motivo? Fazer um bolo para a festa de anos do filho de uma colega.

É engraçado que sempre adorei fazer bolos e doces e sempre me safei bem, mas perante a responsabilidade de fazer um bolo para uma festa a sério  (tendo em conta que no outro dia consegui fazer uma tarte de limão merengada intragável), tive muito receio que não saísse bem. Fiz o bolo calmamente na sexta, decorei-o com jogadores de futebol no sábado de manhã, entreguei-o à minha amiga e fui fotografar um pequeno evento de trabalho. Passei o sábado todo em ânsias de saber como teria corrido.

Acho curioso como uma coisa tão simples e pequena me tenha causado esta ansiedade. Mas percebo o porquê, afinal a minha colega pagou-me pelo bolo. A responsabilidade era maior e era algo completamente novo. Se fiz bolos antes? Sim, vários. Se alguma vez fui paga por isso? Não. E será que me atrevo? Bem, atrevi-me.

Resolvi aceitar o desafio, ser paga por algo que sei não ser uma especialidade. Criar relva falsa (coco e corante) e colocar jogadores de futebol em campo.

Sair da zona de conforto.  E pôr um valor no que faço e saber que no fundo sou uma pelintra que não se orienta minimamente com isto.

No final, estava bom, fez sucesso e tanto crianças como pais gostaram. E eu fiquei nas nuvens. Consegui superar-me, fazer algo diferente, traduzi-lo em dinheiro e no final não desapontei ninguém. E não me senti tão pelintra também.



Ainda sobre zona de conforto... Fui fotografar duas senhoras a fazer um makeover. Ambas estavam desconfortáveis com o corpo, com a mudança de look e acima de tudo, com as fotografias. Não sou uma fotógrafa experiente, tenho algumas bases da época da faculdade e faço-o por gosto e curiosidade. Prefiro fotografar objectos do que pessoas, porque eu própria não tenho muito jeito com as pessoas, e também não gosto de ser fotografada.
Então a atrapalhação delas também me atrapalhava a mim. No entanto, ao longo da experiência, elas foram fortalecendo a curiosidade, e a mulher que eu fotografei no início acabava por não ser a mesma que fotografei no fim, com maquilhagem, cabelo arranjado, e roupas mais elaboradas. Foi um prazer imenso.

Não só vi em poucas horas o que uma simples transformação externa pode fazer pela auto-estima de alguém (elas podiam estar produzidas por fora, mas garanto-vos que o brilho vinha de dentro), como eu própria me deixei levar e influenciar e a experiência também se tornou diferente e reveladora para mim.
E há muito que se podia dizer sobre este assunto, mas ficará para outro post.

Portanto conseguem perceber as lições fantásticas que aprendi em tão pouco tempo. O resto do fim-de-semana foi passado na praia, na minha varanda a beber mojitos e a relaxar, com as pessoas que amo e sempre de coração cheio. Hoje estou a ter um dia tramado, mas quando me lembro das coisas que aprendi e que tenho o privilégio de testemunhar, sei que vale tudo a pena.

Boa terça-feira pessoal. Deixo-vos fotos do bolo, agora que sei que estava bom ainda me apetece mais prová-lo. Ficam para a posteridade.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Can I resist a (very small) wishlist?

Claro que não... Apercebi-me no fim-de-semana que afinal até quero algumas coisas, alguns caprichos, portanto quem me quiser estragar com mimos no meu aniversário só tem de consultar o blog (e é aqui que pisco o olho à minha irmã).



Estes wall-hangings e suportes para vasos da C-a-s-u-l-o. Queria tanto estes três! Sim, todos eles! :)



Este kimono da Asos.


Estas sandálias da Zilian só porque sim.

Livre passe na Zara Home e na Cerâmicas da Linha.

Ainda suspiro por este livro. Entre muitos outros que dá demasiado trabalho enumerar por aqui (quase todos os que pedi o ano passado). As minhas wishlists da Wook e do Book Depository crescem a olhos vistos, e sempre que posso cometer uma pequena loucura, lá vou eu escolher o que me apetece, por isso não vou pedir os livros todos que quero, esse é o meu investimento seguro constante.
E é isto. Como vêm, estou muito parca nos meus desejos e impulsos consumistas.

Quero é que a semana passe depressa porque estou a dormir em pé e preciso de outro fim-de-semana para descansar deste (é a idade bolas), que foi absolutamente brutal, e mais logo segue um postzinho a contar-vos mais detalhadamente a delícia que foi.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

One week to go

Daqui a uma semana faço 33 anos. É aquela idade um pouco parva e temida. Uma pessoa habitua-se a dizer que é a idade de Cristo, e isso quase se assemelha a uma sentença ou uma maldição. Bolas, Cristo tinha 33 e morreu, será que faz sentido mencionar constantemente esse facto? Pode ser sempre uma maneira divertida de alienar a família quando me telefonarem no dia mencionarem a "idade de jesus", e eu dizer "...pois, ele morreu".

Mas se somos crentes, não nos podemos esquecer que ele também ressuscitou e podemos ver isso como uma boa expectativa. Que podemos tropeçar e cair, mas que podemos levantar-nos novamente e começar a usar tudo o que aprendemos na vida para funcionar a nosso favor. Ou então não, e é "só" mais um ano.

Não estou particularmente entusiasmada de entrar nos 33, não sou grande fã de números ímpares (o meu primeiro indício de que vou sofrer de distúrbio obcessivo-compulsivo mais cedo ou mais tarde) especialmente depois de ter entrado nos 32 com uma fezada tão grande e ter sido um ano tão preenchido. Mas tem de acabar, eu sei, e nada como dar continuidade. O ano dos meus 32 será sempre inesquecível e marcante. O que será que me reservam os 33?

Andava a pensar neste post para criar uma wishlist de aniversário, mas quando começo a pensar, pela primeira vez em muito tempo sinto que não preciso mesmo de nada, não preciso de prendas. É claro que há sempre algo que quero por puro capricho (sapatos!), mas sinto que já concretizei muita coisa, que tenho tudo o que é essencial, que tudo o resto me parece supérfluo e perfeitamente dispensável. Terei atingido a maturidade aos 33 menos-uma-semana?

Para o meu aniversário quero mesmo é beijinhos e abraços, telefonemas a torto e a direito (que nunca gostei muito porque odeio repetir as mesmas coisas ao telefone, mas valorizo muitíssimo porque tenho uma família enorme que se lembra de mim), muito mimo dos meus e bolos de aniversário (sim, no plural, estou a contar com pelo menos 2).
E é isto.

Bom fim-de-semana!

Uma coisa que eu adorava quando trabalhava em Lisboa e andava de transportes diariamente era ouvir nas manhãs de sexta-feira as pessoas a despedirem-se com um "bom fim-de-semana". Isto não acontecia todas as semanas, mas dizer "bom fim-de-semana" a uma sexta-feira de manhã, ainda antes do trabalho era sempre coisa para me deixar bem disposta o dia todo e entrar no fim-de-semana com um sorriso. 
Ontem tive um óptimo jantar que me deixou cheia de boa energia. Hoje toda eu sou optimismo.
E só para começar o dia (e o fim-de-semana) inspirada, vejam só esta casa bem catita. Adoro cada detalhe, não mudava nada (bem, talvez não tivesse tantas plantas no quarto).

 

Mais aqui

E bom fim-de-semana!

terça-feira, 23 de junho de 2015

Meanwhile, on my sketchbooks...








Alguns mais recentes que outros, alguns ainda são experiências sem vontade e sem grande técnica, no geral, dão-me um gozo enorme. Aqui vai o que ando a fazer de vez em quando, quando posso. :)

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A minha casa é férias

Eu sei que o título tem um erro gramatical gigante, mas é assim que me faz sentido dizê-lo. Cresci a viver em Lisboa, sempre pressionada para manter tudo arrumado e limpo. A casa era para ser vivida, mas com juízo e limites, com estrutura e responsabilidades (desarruma, arruma). E no Verão acresciam as responsabilidades do regresso da praia ser feito sempre com todo o cuidado, mesmo quando estávamos de férias, os cuidados transferiam-se para o carro, onde só entrávamos com os pés bem limpos e sacudidos. Houve mesmo um ou dois anos em que o meu pai nos escovava os pés quase a ponto de os esfolar para que não sobrasse um grão.

Mas agora que na minha casa, carro e férias mando eu, por vezes nem me lembro de sacudir os pés e saco da praia, as coisas são deixadas espontaneamente pela casa sem pressão de arrumar de seguida e adivinhe-se, não tenho a casa desarrumada ou suja. Quer dizer, por vezes semeio uns grãos de areia aqui e ali, mas nada que o aspirador não trate. Prefiro limpar mais vezes e viver cada bocadinho com descontração do que estar em permanente alerta na manutenção da ordem e limpeza. E eu até gosto bastante de manter a ordem e a limpeza.

Hoje pensava nisto quando reparei que deixei os óculos de sol na casa de banho quando voltei ontem da praia. Não tem nada a ver com o cenário mas não me incomoda. E percebi que apesar de haver dias para manter um nível de organização óptimo, também há dias para descontrair e simplesmente usufruir. E assim são os meus dias de pausa. Sinto que a minha casa representa tudo, por vezes as tarefas e a estrutura necessária, mas ao fim-de-semana transforma-se num lugar descontraído, onde há espaço para a vida.
E faz-me começar a segunda feira mais tranquila e animada.
Boa semana a todos!

domingo, 21 de junho de 2015

Bem-vindo Verão

Uma data que me desperta sempre sentimentos contraditórios. Adoro o Verão, é a minha estação, a dos meus anos (apesar do Outono ser mesmo a minha favorita, o Verão vem logo a seguir), mas hoje, num dia que sempre me foi muito significativo, o solstício de Verão, também faz mais um ano em que perdi a minha mãe. Relembro os passos deste dia há nove anos atrás e penso no que ele é hoje. Sinto-me orgulhosa de saber ser feliz, de perceber que aprendi tanto sobre a vida e sobre como aproveitá-la, mesmo com a ausência dela. 
E e inevitável sorrir por entre as guinadas que a saudade provoca. 


E hoje como é Verão e domingo, aproveitei para me dedicar a certas indulgências, como apanhar sol da varanda depois de já ter estado na praia...


E de petiscar tremoços com uma mini, na cama, a ler banda desenhada, ainda de bikini, que também calha sempre bem para marcar a data. 
Que seja um Verão em grande. Já conto os dias para as férias.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Pause. Play!

All work and no play makes Jack a dull boy.
Esta frase do Shinning quase que se aplica a mim, se eu me chamasse Jack (e se fosse homem e se tivesse raízes anglo-saxónicas). As horas dos meus dias resumem-se a muito trabalho, a pouca brincadeira, a muita responsabilidade e muito cansaço. 

Ando a tentar não me deixar arrastar para um vórtice de dormência, mas também já percebi que essa não é a minha natureza. Eu sou pela alegria e pelo optimismo. Por isso enquanto não tinha muito mais que dizer senão fazer queixas do quão ocupada estou, decidi calar-me um pouco. Um mês de pausa parece pouco, mas ao mesmo tempo é um gigantesco espaço para não dizer nada. Sinto saudades do blog, saudades vossas. Sinto saudades da predisposição para escrever, de comunicar convosco nos comentários, de dizer parvoíces, desta partilha. 

Pus na cabeça que de hoje em diante terei de planear um bocadinho o que vou postar aqui pelo blog, que esta coisa de vir para aqui falar espontaneamente é divertido, mas rapidamente perco a pica, porque sem um plano sou engolida pelas tarefas diárias e depois lá volta este espaço a ficar ao abandono. Não tem piada nenhuma. E não pode acontecer, porque não gosto mesmo. Vou voltar e vou voltar como deve ser. 

E agora deixo aqui um curto resumo do que se tem passado nos últimos tempos:

- Trabalhei muitas horas, dormi pouco, resmunguei muito

- Fui ao estádio da Luz ver o Benfica a ser campeão

- Fui a uma festa no Martini Terraza e podia passar lá todas as noites de Verão (a beber Martinis, claro)


- Comi caracóis pela primeira vez este ano (e pedi um desejo que se tornou realidade)

- Jantei à beira-mar

- Caminhei bastante - e parei para "cheirar" as flores


- Fui à praia sempre que pude (abençoado concelho de Cascais e praias tão perto de casa)

- Fui novamente "tia" de mais um rapazinho no nosso grupo de amigas

- Aos poucos retomo os hábitos criativos e voltei a desenhar e pintar, com alguma frequência


- Andei de barco num dos últimos dias de provas da Volvo Ocean Race e quase adormeci a meio da corrida (não percebo nada de barcos, mas ficar na ronha ao sol é comigo)

- Tive uma semana de férias em casa, quase não dormi e fartei-me de tratar de burocracias e coisas práticas mas era mesmo o que eu estava a precisar

- Comi um churro de chocolate na feira de Oeiras com a minha irmã como é nossa tradição anual

- Não comprei manjericos e não andei por Lisboa como tinha planeado, mas curti os Santos à minha maneira, fui a dois ou três arraiais, cantei muita música pimba (que ainda não me saiu da cabeça), ri muito e bebi mais cerveja na semana passada do que tinha bebido desde o início do ano até agora

- Amei a vida intensamente, tive momentos de pura felicidade e reflecti tanto sobre tanta coisa. Sinto que já quase me encontrei onde antes me tinha perdido, e é bom voltar a reconhecer-me

- Aos poucos ando a ganhar hábitos de meditação

- Enquanto escrevo isto estava a pensar que devia mas é parar de comer porcarias, mas hoje tive de fazer um bolo de aniversário para um colega e já rapei os tachos todos que podia. Ao menos já recomecei a treinar no ginásio, nem tudo está perdido. No entanto, adoro o meu corpo (e isto poderá dar um post em breve, tenho reflectido muito sobre estes assuntos).



E é isto. Regressei esta semana ao trabalho e ainda estou a tentar perceber a quantas ando, mas voltei muito mais tranquila e feliz. 
A pausa fez-me bem. But now it's time to play.