domingo, 30 de setembro de 2012

Novidades nas costuras


Finalmente terminei a segunda versão da mala buttercup. Fiquei tão mais feliz com esta. Para além de ser maior, de ter ficado com os pormenores todos certinhos, está praticamente flawless! Fiquei tão orgulhosa do meu feito que ontem aproveitei o bom tempo e fui fotografar as duas meninas dos meus olhos para o jardim, na companhia do P., que muita paciência teve em ajudar-me a compor as malas, a encontrar os melhores ângulos e em aproveitar aquela luz maravilhosa de fim-de-tarde.
Esta mais crescida já tem dona, a minha amiga que nos vai receber esta semana em Berlim e apaparicar-nos como sempre (merece todos os presentes do mundo, esta miúda). Ainda estou a pensar no embrulho e num mini-postal para lhe dar um ar de sua graça.
Aqui em baixo fica um cheirinho do making-off da sessão fotográfica para se estrearem na sua nova montra (sim, aquela é a minha mão). Pois é, agora já me sinto suficientemente confiante no mundo das costuras para vos mostrar a loja online que abri com uma parceira nestas andanças. Entrai e sejam muito bem-vindas, e se algo vos agradar, é só enviar mail.



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Aguarelando

Ontem andei entretida...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A stroll around Paço d'Arcos







Ontem cheguei adiantada à aula de yoga, ainda com a luz outonal, e pensei que o melhor seria conhecer o espaço que se vai tornar parte da minha rotina, duas vezes por semana. Gosto de conhecer os sítios onde vou passar algum tempo. Aprender o desenho das ruas que me rodeiam, absorver a energia do local, e aquele espaço ali juntinho à linha de comboio onde vou passar a descobrir a minha paz.
E soube bem aquele bocadinho. Munida de iphone e instagram, fotografei casas antigas, paredes grafitadas, locais ao abandono... enfim, uma infinidade de possibilidades, de histórias à espera de serem contadas, de inspiração.
Deixo-vos aqui o meu testemunho desse curto passeio. Já me sinto mais parte daquele sítio. E as fotos que tenho tirado ultimamente muito me têm inspirado para futuras ideias. Quero tanto explorá-las, que o tempo se estique e me permita fazer tudo o que ocorre.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

I turn to nature




Para aqueles dias de desânimo, nada como procurar o jardim local, e, não satisfeita com a zona dos bancos e calçada, fui refugiar-me num recanto com árvores depois de espaço relvado, sempre com cuidado para não pisar nenhum cocó de cão perdido (muito civilizadas as pessoas daqui) e deixei que a sombra me envolvesse e calasse o ruído. 
Trouxe pauzinhos presos no cabelo e a frescura da sombra cerrada das árvores na pele. Soube tão bem, estive tão longe. E com o instagram como companheiro posso trazer esses momentos comigo e novas ideias em perspectiva.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tempo para tudo


Em miúda, quando desanimava com os trabalhos de casa e a escola e o difícil que era ter dois testes no mesmo dia e organizar-me para estudar, e as Barbies (não sei como!) sussurravam-me ao ouvido para brincar com elas, os meus pais impunham a regra do "trabalho antes do prazer", que eu teria tempo para tudo, bastava saber gerir o meu tempo. E com o passar dos anos lá fazia os meus esforços para que acontecesse. Às vezes conseguia, outras vezes os trabalhos eram demais e não havia espaço para a diversão, noutros dias não haviam trabalhos e podia descontrair, e ainda haviam os raros momentos em que os trabalhos eram uma diversão e normalmente envolviam composições ou desenhos. Lembro-me da vez em que desenhei o meu patim da patinagem artística, já com a bota muito amolgada, visto de várias perspectivas, para a aula de Educação Visual, que me deu um gozo tremendo (e ficou bastante bom, modéstia à parte), ou de quando copiei algumas vinhetas da banda desenhada do Astérix para um trabalho de História sobre os romanos (e fui largamente elogiada pela professora porque fui a única que não se limitou a fotocopiar as partes que interessavam). 
Já não é novidade que olho para esses anos com um misto de saudade e melancolia. Não adorei o Colégio, mas talvez por ser um ambiente tão rígido, obrigou-me a seguir os meus instintos e a encontrar alguma originalidade e autenticidade que me levou mais tarde à área de artes e aos anos mais felizes, de quando eu era uma estudante do secundário.

Hoje pensei nisto porque acabei de costurar a minha primeira mala, e porque parece que mais uma vez estou a sentir-me assoberbada, mas lá na minha memória ouço a voz dos meus pais, e explicarem que havia tempo para tudo e sinto que sim, finalmente estou a sentir que voltei a criar, a brincar, a sair do ambiente pouco criativo do trabalho (eu sei que por definição trabalho numa área criativa mas infelizmente nem sempre posso verdadeiramente sê-lo, especialmente se há outras áreas criativas que me dizem mais do que esta) e a fazer as coisas que me dão gozo, e a almejar cada dia mais e mais por elas e a encaixar diariamente bocadinhos que me fazem sair da rotina e procurar novamente a minha voz. É engraçado. Basta dar um pequeno passo, e depois os outros vão seguindo e quando dou por mim preciso de ter estes projectos, estes pequenos pormenores diários. A criatividade realmente é algo fantástico, basta dar-lhe um empurrãozinho e lá vai ela! 

Mais costuras

Buttercup bag by Rae

Ontem, não sei se num gesto de afogar as mágoas, se numa ânsia doida que me começa a dominar mais e mais a vontade, lá voltei ao modelo de mala que queria experimentar há mais de 6 meses. A semana passada tinha já começado a recortar os moldes grátis e a ler as instruções, depois cheguei mesmo a comprar o molde e a licença comercial à criadora na esperança de ter instruções mais detalhadas. Como não adiantou muito nesse aspecto, decidi que estava na hora de tentar no matter what (ainda por cima fui comprar o modelo, por isso mais motivos tinha ainda), ontem dediquei-me umas horinhas a pôr tudo em prática e é incrível como em pouco tempo já tinha a mala praticamente feita.
É giro como nos vamos habituando aos materiais, à sequência, às manias da máquina e às tentativas mais loucas de juntar as peças todas e esperar pelo melhor. Claro que esta é a versão 0.0, de teste, e hoje de manhã ao acordar percebi que tinha feito uma das etapas mal (apesar da mala estar perfeitamente utilizável), e já sei o que é preciso fazer para que tudo bata certo da próxima vez. Estou a ficar maluquinha e a sonhar com costuras, estou a ver. Já tenho em vista um teste ao molde maior (desta vez com todos os passos bem atinadinhos e já agora um fecho magnético (que não tinha em casa, vou ter de comprar entretanto) ou um ziper para fechar e poder oferecer à minha amiga que mora em Berlim e nos vai dar guarida durante uma semana. Acho que é uma maneira simpática de lhe agradecer e ao mesmo tempo felicitá-la, porque fará anos durante a nossa visita.
Depois disso estou certa que estarei apta a poder produzir para venda, mas darei mais novidades sobre isso em breve.