quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sem título

Hoje saíu-me o primeiro "tenho 31 anos", assim, tal e qual direitinho. E logo a seguir exclamei "tenho 31 anos!". E não me afectou nada, apenas senti a estranheza de me afirmar como uma mulher de 31 anos quando ainda me sinto uma miúda de 16, 17 (especialmente nestes dias que me tem dado para ouvir música dos anos 90 como se não houvesse amanhã e eu ficar assim mais próxima ainda da minha adolescência). É que quando era miúda fascinavam-me certas idades, os 15, 16, 18, 20, 21, 25, parece que quase todos os anos estamos numa fase icónica e mágica, onde tudo na nossa vida pode acontecer, onde a descoberta do mundo mais adulto se cruza de maneira imperceptível com os resquícios da infância, quando achamos tornar tudo possível. E claro, com o passar dos anos, com a faculdade, os primeiros empregos, a luta em arranjar um lugar ao sol, com a rotina, essas idades icónicas vão desaparecendo na continuidade dos dias. E muitas vezes também perdemos a crença que podemos mudar o mundo, o nosso mundo.
Hoje, aos 31 anos e uma semana ainda não esqueci aquela miúda pequena que acreditava que o mundo era um lugar bonito para viver, e com a imaginação sempre a mil. E aqui estou, praticamente na mesma, onde os sonhos ainda me movem. É tão bom sentir que eu sou eu, tenha a idade que tiver.

Today I heard the first "I have 31 years old" out of my mouth, just like that. And the next second I was exclaiming "I have 31 years old!". And I didn' t feel at all affected by it, I just felt the awkardness of claiming to be a 31 year old woman when I feel like a 16 or 17 years old girl (specially these days, when I'm hearing lots of 90's music, feeling even closer to my teenage years). As a kid, I was fascinated by some specific years in one's life, 15, 16, 18, 20, 21, 25, seems like every year it's  iconic and magic, where everything can happen, and the discovery of the adult world still has remainings of childhood, when everything seems possible. Ad of cours, with each passing year, after college, trying to get jobs, the daily routine, these iconic years disappear. And often, we loose the belief that we can change the world, our world.
Today with 31 years and a week old I didn't forget that little girl who believed that the world was a beautiful place to live, with this big imagination. And here I am, same as I was, where dreams move me. It's so good to know that I am me, no matter what age.

7 comentários:

dropsofmagic disse...

Adoro o teu espírito jovem, admito :) és uma irrequieta, uma criativa! :)

Analog Girl disse...

Oh... Obrigada! :)

alva quase transparente disse...

Assim é que é Viver. Ainda ha pouco comentava no Doce para o meu Doce (miuda com uma energia linda) que é assim que vale a pena.
Aproveitar todos os momentos e querer mais e mais!

A idade, cada um alcança os estados de espirito no seu tempo. O resto são números. Digo isto mas ainda nao assimilei muito bem para mim mesma. Quando digo a idade ainda faço contas.

Continua a viver assim, a desfrutar, a experimentar, a querer, tudo e sempre mais

Analog Girl disse...

É verdade Alva, só assim merece a pena (e sim, a Ana Luísa é aquela bomba! ;)), mas é tão fácil esquecer estas coisas que fazem parte de nós e nos caracterizam. Temos de nos lembrar que não somos formigas, e em nós há tanto mais do que um nome, uma idade, uma profissão... :)

Wise Up disse...

Identifiquei-me imenso!

Com 32, ainda me sinto tão adolescente... menina, mesmo!

:)

Analog Girl disse...

E haverá lá coisa melhor? Já lá vai o tempo em que uma mulher chega aos 30 e está arrumada. Ainda sinto qu etenho tanto pela frente! :)

ana disse...

Eu tenho 36 e sinto-me com menos de 30! E ainda bem! :D