terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Então e o Natal?

Antes de mais peço desculpa por não ter conseguido vir aqui ou à página de Facebook do blog desejar um bom Natal a todos. A última semana foi de loucos mas ainda assim, imperdoável eu sei. 
Em seguida, tenho de dizer que, depois de sobreviver à loucura da época Natalícia deste ano tomei a decisão que para o ano que vem tenho MESMO de tirar férias. Cansei-me de não conseguir responder atempadamente a e-mails, não desejar feliz Natal na altura que queria às pessoas que queria, não comentar nos blogs que gosto, não desenhar, não nada. Já bem me basta a rotina do dia-a-dia que também me limita o tempo. O Natal do ano que vem vai ser mais calmo, nem que seja à força. 
Por isso para o ano tiro logo o antes e o depois. Cheguei à conclusão que desde que trabalho nunca tiro férias nesta altura e nunca consigo descansar verdadeiramente, nem escrever posts, nem curtir a época com o gozo que merece. 


Era só isto, para começar. Agora bora lá falar das coisas.

O meu Natal foi exponencialmente melhor do que o esperado. Não sou uma descrente da época mas já aprendi a não ter grandes expectativas, as crianças andam a crescer, já não acreditam no pai Natal, e já assisti a muita desavença familiar e muitas confusões nesta época para acreditar que poderia ser mais do que a típica noite em família (com a malta a discutir e afins). 
Por isso estava longe de imaginar que este Natal seria tão bom como foi. Porque estávamos todos bem dispostos. Porque não nos víamos há um bom bocado e mesmo assim parecia que nos tínhamos apenas encontrado no dia anterior. Um espírito descomplicado de convívio familiar estava no ar e todos estávamos simplesmente bem e sorridentes. Mas a maior surpresa e alegria da noite foi a visita mais ou menos inesperada da minha tia-avó e os meus primos, com quem não estamos tantas vezes como gostaríamos. E uma noite que era banal, animou mil vezes com aquela que foi a melhor prenda de todas. 
O dia de Natal foi diferente, com aquela família que se está a tornar aos poucos mais minha. Muita comida, muito riso, muito boa disposição e a alegria das crianças pequenas que lutavam por ficar ao meu lado à mesa. Um Natal diferente mas igualmente alegre e caloroso. E um novo começo cheio de promessas.

Portanto não me posso mesmo queixar. Sou uma sortuda por ter ainda tanto amor e tanta coisa boa por ansiar nesta época (incluindo umas prendas bastante jeitosas). E ainda pude ter um fim-de-semana mais descansado para compensar as loucuras da época. Agora, e apesar do ritmo hoje apertar um pouco mais comigo porque 2016 está à perna e com ele, o tal projecto que vai ser lançado ao mundo, quero levar estes últimos dias do ano com a calma e a tranquilidade que merecem. Ocupados sim, mas não frenéticos. 

E há tanta reflexão para fazer acerca do ano que passou, e o melhor workbook de sempre para preencher com desejos e esperanças para 2016, mas isso fica para outro post.

Para já desejo-vos uma boa semaninha (que espero que seja de muito descanso e mimo) para todos e até já! 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Fall recap

Andava eu aqui a rever o meu post cheio de coisinhas que queria fazer para o Outono e dei-me conta que devo ter cumprido... menos de metade?
Uma casa por reorganizar, um novo projecto, e dificuldades inesperadas na adaptação a uma nova vida profissional deixaram menos tempo disponível para alguns dos prazeres que tinha planeado para esta fase. 

 Ainda assim não foi menos gozado e aproveitado.


E decidi recapitular o meu Outono, porque é a minha estação favorita que se está a despedir, e este ano foi maravilhosamente luminosa e quente, e sinto que não me posso esquecer das coisas boas que este me trouxe.

1-  Não fiz bolachas, vinho quente, ou tarde de abóbora, mas fiz maçãs assadas e crumble de pêra e morangos que valeu por elas todas, e pizza caseira com um pequeno par de mãos a ajudar;

2- Não vi Os Monty Python, mas vi as edições alargadas do Senhor dos Anéis em vários serões;

3- Aproveitei o Halloween em grande tal como tinha planeado;

4- Fiz castanhas no S. Martinho, e comi-as também em casa de amigos com bolos e tremoços (combinação imbatível);

5- Não pendurei cortinados ou arrumei fotos ou a arrecadação, mas reorganizei a sala, mudei as coisas de lugar, e está ainda mais bonita;

6- Não fiz decorações mas enchi a árvore de Natal de cores e combinações improváveis, numa noite deliciosa, em pijama e a ouvir o álbum A very She & Him Christmas (mas no próximo ano quero mesmo mudar tudo, e fazer algumas também);

7- Voltei a mergulhar doentiamente num livro (este) e fico sempre maravilhada com a capacidade que os livros têm de nos fazer mergulhar noutros mundos e despertar tanta coisa em nós;

8- Coloquei o edredão na cama. E há lá melhor coisa! Sou tão mais tranquila e durmo exponencialmente melhor com agasalhos quentinhos durante o sono;

Este outono encheu-me de alegria e bons momentos. Há tanto mais que está nas entrelinhas mas não vos vou aborrecer com detalhes (entre outros que quero guardar para mim).
Depois deste Outono tão sereno estou cá com um feeling que o Inverno será duro, mas estou pronta para ele. Até porque o Inverno traz o Natal, e eu vou ignorar que tenho ainda uma quantidade razoável de prendas por comprar, e pensar apenas nas festividades, no calor de estar com a família, e na comida,como é óbvio.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Big Magic!

(Imagem: do meu Instagram do blog)

Sempre gostei bastante de falar e escrever acerca dos livros que lia nos meus blogs anteriores, mas não sei porquê, neste não o faço com essa frequência. Por isso aqui vai uma pequena review pelo gozo da coisa.

Antes de todas estas recentes mudanças da minha vida, chegou-me à caixa de correio o novo livro da Elizabeth Gilbert (quem não conhece, a autora do famosíssimo Eat, Pray, Love), Big Magic, que conta toda a visão refrescante da autora sobre uma vida criativa e artística.
O livro, em jeito de conversa íntima entre amigos, está repleto de pequenas histórias, de exemplos de vários artistas que foi conhecendo ao longa da vida, do confronto com os medos e com a certeza que tudo o que sempre quis fazer foi escrever, mas acima de tudo o que me fez gostar mesmo deste livro é como a personalidade da autora e a sua forma pacífica de viver a vida são tão transparentes. Lemos este livro e sentimo-nos acarinhados e transportados para um lugar seguro, onde as nossas ideias não são parvas ou ridículas, e onde parece que a Elizabeth nos lê a mente.
Ela fala-nos acerca de aceitar o processo criativo como ele é, de acreditar que as ideias e a criatividade são como energia que passa por todos nós, de que devemos sempre dar o nosso melhor, não interessa quantas vezes fomos rejeitados, de não considerar que o trabalho criativo seja o "nosso bebé", ou sequer "nosso", é algo que libertamos no mundo, e essencialmente, ser feliz com o que se faz.
É uma boa reflexão a partir de uma pessoa que rejeita o epítome do artista torturado e vive numa crença absoluta de que somos criativos pela alegria de podermos ser criativos apenas.
Não posso falar muito do livro sem entrar em detalhes que merecem a pena ser lidos em vez de contados deficientemente num post. Deve absorvido calmamente, como fui fazendo ao longo de quase dois meses de leitura tranquila. Não foram poucas as vezes que este livro me arrancou algumas gargalhadas e sorrisos solitários sob o meu candeeiro da mesa de cabeceira. Apenas posso dizer que o recomendo para todos os que querem seguir uma vida criativa e que lutam contra a sua auto-estima ou legitimidade (ela faz questão de nos dar livre-passe para sermos criativos e fazermos - bem ou mal -  o que queremos fazer) ou até, que queiram ver o mundo artístico de uma maneira diferente. Ainda pode dar uma boa prendinha de Natal! ;)

domingo, 6 de dezembro de 2015

Saltos de fé e a vida como ela é

Votei este blog ao abandono. Não houve um único dia em que não pensasse neste meu canto e no quanto queria voltar a escrever e a partilhar por aqui. Mas foram uns dias difíceis, devo confessar. 

Andei cerca de duas semanas meio perdida no meu mundo, onde me recolhi por uns tempos a lamber feridas. Feridas essas que nem sei bem o que eram, apenas a necessidade enorme de me sentar e perceber as voltas que a minha vida deu nos últimos tempos e foram tantas. 
Acho que não (re)conhecia a minha capacidade de adaptação às situações. A verdade é que por muito que o novo emprego tenha sido desejado e a mudança tenha sido feita com consciência e vontade, não foi uma fase fácil, eu já me tinha esquecido o quanto custa e o quanto eu detesto mudar. 
As saudades do meu velho canto, o medo do desconhecido, o estar num ambiente mais formal, quieto, lembrar-me de mil procedimentos, tentar não dar barraca (ups, claro que aconteceu, mas nada de grave), a falta dos meus amigos de trabalho, de estar mais perto de casa, a estranheza de estar num local tão cheio de gente em Lisboa, a poluição, o trânsito, e ainda todo um cansaço acumulado do meu anterior emprego (que eu adorava, mas ainda assim, me sugava as energias), começaram a deixar-me absolutamente sem energia para nada, andei deprimida e saturada e não sabia muito bem o que e como sentir. 
Agora sinto que tudo acalmou um pouco, que posso respirar, que há coisas que se começam a automatizar e finalmente começo a descomplicar e a aligeirar as coisas. 

Mas claro, descansar não é bem para mim. No meio desta fase de adaptação vou preparando o Natal, vou mudando a casa para que haja espaço para tudo de todos, já passei serões a montar móveis, a cozinhar, a limpar a casa, porque nada pode parar, e, por fim... decidi juntar-me a um projecto que me faz sair completamente da minha zona de conforto. O meu cérebro anda a mil mas estou satisfeita de andar dedicada a tudo isto. Agora, porque há uns dias atrás andava meio louca a pensar porque me meto em tanta coisa ao mesmo tempo e afinal o que quero eu da vida? 

Bem, aparentemente quero tudo, ou pelo menos quero arriscar um pouco antes de desistir. E percebi que por muito que o meu corpo e mente ainda estejam exaustos, eu preciso de aproveitar as oportunidades que surgem. Quanto ao novo projecto, estou com medo, porque pela primeira vez sinto que não posso desistir, não depende apenas de mim nem é um dos meus projectos-passatempo, é um compromisso sério com outras pessoas. E é tão assustador como entusiasmante. A seu devido tempo vou dar novidades e explicar tudo, mas por enquanto, ainda há muito trabalho de bastidores a ser feito e eu ainda ando a tentar atinar com a minha rotina para que consiga encaixar tudo o que preciso de fazer.

Não prometo regressos em grande porque o meu blog segue um pouco os meus caprichos e disposição do momento. Para já posso dizer-vos que me sinto a conquistar uma dura batalha contra mim mesma e contra as minhas inseguranças e receios. Estou a encarar a vida de frente a assumir que consigo. Um passo de cada vez.

Hoje escrevo-vos com este céu de Outono maravilhoso a entrar-me pela casa enquanto estou encolhida na minha manta para afugentar o frio. Preparo-me para um fim-de-tarde a trabalhar e a criar e tento fazê-lo com a maior paz possível. Vou aparecendo sempre que puder mas fica já aqui um desejo sincero que este mês de Dezembro seja quente e luminoso. Até já!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mais Natal

Correndo o risco de me tornar muito cansativa com o meu entusiasmo Natalício (não consigo evitar, este ano estou particularmente empolgada), tinha de partilhar convosco esta produção fotográfica deliciosa que a Zara Home fez, e que não me canso de cobiçar. Tivesse eu bolso para esta loja e a decoração da minha casa era toda de lá. :) E esta inteirinha podia cá vir morar, sem excepção (haja casa para tudo isto).

Deliciem-se também um pouco... Mais imagens no site.









Toda esta produção faz-me lembrar como eu fantasiava o Natal em pequena, quando ouvia tantos colegas a dizer que iam passar o Natal "à terra", e a minha terra sempre foi Lisboa, pelo que tenho este imaginário do Natal no campo muito presente em mim, e sempre longe da minha experiência. Se pudesse, passava o mês de Dezembro a preparar o Natal e a usufruir o Inverno. Não era maravilhoso?

Entretanto com estas fotos, já decidi que este ano quero decorar a vermelho e branco, o que implica avaliar se tenho decorações suficientes, e ainda quero fazer algumas. Acho que este fim-de-semana vou dedicar-me ao tema, visto que tenho uma data predefinida para montar a árvore e as decorações e não quero falhar com nada. Depois conto como correu, obviamente. Não me conseguem calar com o Natal este ano. :)

E vocês? Têm fantasias de Natal que gostavam de satisfazer? Eu ainda não perdi a esperança de um Natal no campo. Quem sabe um dia...

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Illustration love: Olga Skomorokhova

Num dia de trabalho sem grande trabalho para fazer, dei por mim a vaguear pelo Behance (para quem não conhece, é uma espécie de rede social de portfolios), que é dos poucos sites que sou autorizada a visitar no meio de tanta limitação, pela primeira vez na vida trabalho numa empresa onde me bloqueiam páginas e é algo ainda demasiado estranho para mim. Mas se não fosse por isso, não estaria a ficar mais activa no Behance e não teria encontrado a Olga Skomorokhova
Foi amor à primeira vista. Mal vi os jarros de pickles, tive de espreitar o trabalho todo dela, e não me contive, mandei-lhe imediatamente uma mensagem a pedir para ela me deixar fazer um post sobre ela. Não poderia ter sito mais simpática, respondeu-me muito rapidamente e permitiu que este post pudesse ver a luz do dia para que os vossos olhinhos se possam deleitar. E ainda me deu alguns conselhos fixes sobre trabalhar com ilustração e simpaticamente me gabou as minhas capacidades de fazer ilustração vectorial (coisas já tão velhas e gastas, preciso mesmo de trabalhar mais nestas coisas).

Espreitem alguns dos meus projectos preferidos dela (é tão difícil não colocar TODAS as imagens que vejo!)



Este é, provavelmente, o melhor alfabeto com animais que alguma vez vi. Estou apaixonada. A raposa com figos é qualquer coisa...








Não é das coisas mais lindas e maravilhosas que já viram? Acho que é mesmo o mais indicado para começar uma semana em grande, com inspiração que comemos com os olhos. Eu fiquei tremendamente inspirada, e já sou uma fiel seguidora do trabalho dela. Podem ver mais do portfolio da Olga no Behance ou no Dribbble.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

TAG: Conhecendo novos blogs... Challenge accepted!

A Catarina desafiou-me para responder a algumas respostas sobre o meu blog. A energia com que esta miúda se dedica ao blog dela é contagiante (e eu confesso aqui, que ela não nos ouve, que o blog dela é um dos meus blogs preferidos), e como eu fico facilmente inspirada por ela e não consigo dizer-lhe que não, e vá, continuo a achar estes jogos engraçados e ajudam-nos a conhecer-nos melhor, aqui vai a minha resposta.
(imagem Death to Stock)


Qual o “porquê” do teu blog?
Não tinha grande porquê, escrevo blogs há 10 anos e já tinha tido 2 que eram apenas para desabafar e dizer o que me apetece. Este surgiu quando ainda mantinha o anterior, e a ideia era ser um espaço de inspiração e de motivação para fazer coisas diferentes para além da mesma rotina estafada. Quando fechei o blog anterior decidi focar-me neste espaço e ele tornou-se um pouco de tudo, espaço para expor os meus projectos criativos, para divulgar coisas de que gosto, diário pessoal, etc.. Tornou-se um espaço que é a minha cara e onde eu gosto de estar. A frequência de posts já foi bem maior, mas também me tornei um pouco mais exigente com o que publico aqui. Ultimamente tem-me apetecido mais escrever e acredito que estou em boa posição para ele continuar a evoluir.

Qual a melhor revelação que o teu blog te fez?
Este blog acompanhou-me em algumas das fases mais complexas da minha vida, ao reler alguns posts de fases críticas, percebo que este blog é testemunha das minhas capacidades de me auto-recriar e evoluir, a tantos níveis. A maior revelação que me fez foi precisamente acerca de mim, da minha capacidade criativa, e permanece como testemunho de que se eu quiser, eu consigo (e creio que vou querer novamente em breve).

Qual é/são, para ti, o(s) aspecto(s) menos positivos da blogosfera?
Tenho a sorte de ter vivido quase sempre aspectos positivos. Acho que um dos maiores e melhores é precisamente este de podermos cruzar-nos com pessoas que são parecidas connosco, que nos desafiam pela positiva, que nos apoiam, que conhecem as nossas dores e desejos e onde podemos criar uma forte comunidade de entreajuda.

Qual a tua maior fonte de inspiração para escrever no teu blog?
Essencialmente, o que me vai na alma, a minha inspiração vem de mim e do que sinto no momento. Raramente obedeço a um calendário editorial para o blog, o que publico, na maior parte das vezes é no improviso (por isso é que também tenho fases de muitas conversas e outras em que desapareço), e acaba por ser algo muito inconstante. Um dia pode apetecer-me falar de algo da minha vida, noutro, descobri um ilustrador que realmente gosto, noutro, falo de projectos adormecidos ou concretizados, depende muito do que sinto, do que vi, da minha vontade de falar e partilhar. Não sei se é um bom método (ou se é um método sequer), mas tem sido assim que as coisas têm acontecido até agora. 

Qual a tua maior paixão na vida?
Há tantas que é sempre complicado definir apenas uma. A primeira e certamente a mais duradoura é a leitura, que trouxe a escrita por arrasto. Ler e escrever são de facto paixões da minha vida que não abdico. Depois rapidamente surge a ilustração/desenho animado/arte, que sempre foram complementando a minha vida e estando presentes em todas as minhas escolhas. Hoje em dia acarinho uma crescente paixão pela ilustração e literatura infantil e vou aumentando a minha colecção de livros sem pressa. Haverá muitas mais coisas, mas estas preenchem-me a alma.

Se pudesses oferecer uma dica de gestão de tempo para conciliar melhor o tempo dedicado ao blog e à tua vida pessoal/laboral/universitária, qual seria?
Ui, planear, planear, planear. É tão fácil cair nos truques da rotina. Eu por mim falo, tanta vez estava com vontade de escrever quando chegasse a casa e dava rapidamente por mim a tratar dos básicos diários (fazer jantar, arrumar a cozinha, etc.), que não deixava sequer espaço para fazer as pequenas coisas que gosto. Mas eu já disse que sou rapariga de improviso não é? Pois, isso não funciona muito bem quando queremos ser mais assíduas no blog. Por isso, planear esse tempo para o blog, mesmo que no dia-a-dia não haja grande disponibilidade, aqueles 5 minutos no sofá a organizar os posts da semana ou aquilo que gostariam de escrever já ajuda a que a motivação vá crescendo, e consequentemente, os posts vão aparecendo...

Para ti, as 5 apps que qualquer blogger deveria usar são…?
Não sou a miúda mais ligada às apps desta vida (parece um contrasenso tão grande, quase todas as bloggers que conheço andam agarradas ao telemóvel), em parte porque o meu telemóvel está a ficar tão velho e sem jeito que acabo por desinstalá-las quase todas para que ele cumpra o básico e me deixe telefonar e receber chamadas (um dia hei-de ter um modelo mais top).
Mas aquelas que me fazem sentido: Bloglovin (para lermos todos os blogs que seguimos e não só), Blogger (para publicar onde quisermos, quem tem blog no blogger, obviamente, haverá certamente apps para os outros), Facebook pages (para alimentarmos a nossa página no facebook), ABM e VSCO Cam , as que uso para fotos, mas haverá centenas de outras bem fixes, e Instagram porque é uma fonte de inspiração constante e também pode ser uma boa ferramenta aliada ao blog. Olha, foram 6 afinal!

Qual o hábito diário do qual nãos prescindes?
Levantar cedo e tomar o pequeno-almoço com calma, sentada. É o paraíso para mim. Por acaso tenho prescindido porque agora levanto-me muito mais cedo para trabalhar (entro mais cedo também), mas arranjo sempre tempo para um pequeno-almoço tomado com calma.

Se tivesses que mudar de país obrigatoriamente, qual escolherias para viver?
Apesar de nunca lá ter ido, o Reino Unido chama por mim. Iria facilmente para Londres, ou outra cidade Britânica. Não sei explicar, atrai-me (vai na volta e vou lá e depois não gosto).

Três objectivos que tenhas para o teu blog em 2016.
Bem, em primeiro lugar gostava mesmo de não estar tão constantemente no improviso. Arranjar um equilíbrio entre posts pensados e posts "do momento" é um dos meus objectivos. Quero ser regular a publicar, até porque quero publicar mais trabalhos criativos meus, não precisa ser nada de demasiado elaborado, mas exige mais tempo porque implica trabalho de fotografia e/ou digitalização e isso tem de ser feito com qualidade e dedicação.
Segundo, quero que a minha conta de instagram do blog cresça e tenha uma boa ligação com os conteúdos aqui colocados.
Terceiro, quero uma nova cara para o blog. Preciso de fazer um redesign e há dois anos que penso nisso. Em 2016 quero concretizá-lo.


Instruções para participar nesta TAG:
  1. Responder às perguntas realizadas por quem te nomeou;
  2. Podem criar 10 perguntas diferentes ou apenas algumas ou usar as mesmas;
  3. Marcar 3 a 10 pessoas para responderem a essas perguntas e, claro, avisá-las da nomeação.
Deixo aqui as minhas perguntas para a malta que vou taggar:
  1. Porquê escrever um blog?
  2. Se criasses um blog novo hoje achas que seria igual ao que já tens?
  3. Quais as 5 características mais irritantes que vês em blogs nos dias que correm?
  4. Qual a tua maior fonte de inspiração para escrever no teu blog?
  5. Dá-me 5 blogs portugueses sem os quais serias incapaz de passar?
  6. E 5 estrangeiros?
  7. Para além do blog, qual o teu hobby preferido?
  8. Qual o hábito diário do qual não prescindes?
  9. Quais as 5 características que te fazem prender a um blog?
  10. Três objectivos que tenhas para o teu blog em 2016.
Os Blogs que marco com esta TAG para responderem as 10 perguntas são:
Ballon Blanc
Latitudes
Chá & girassóis
Ver(de) água
Milk
Confashionary
Eu sou agridoce, e tu?

São poucas mas boas, aguardo as vossas respostas moças!
Obrigada por lerem este post gigante.  ;)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

BD Amadora

Já não ia há anos ao Festival de BD da Amadora. Este domingo tive a oportunidade de lá voltar e descobri saudades que não sabia que tinha.
Este festival é-me sempre bastante querido, no meu primeiro emprego fizémos alguns trabalhos para eles e havia sempre algum entusiasmo quando chegava a altura de começar o trabalho (e claro...bilhetes grátis), e eu adoro Banda Desenhada, apesar de saber que não sou grande conhecedora, o meio fascina-me e sempre que consigo ir ao Festival, aprendo tantas coisas novas... 

É uma fonte de inspiração fantástica a tantos níveis, a forma como decoram e dividem o espaço é maravilhosa, saio de lá sempre com boas referências de ilustradores e autores a seguir e onde me inspirar (para mim, o trabalho da Vera Tavares encheu-me o olho, fiquei absolutamente fã da estética dela e do trabalho que já desenvolveu. Vou ficar muito mais atenta daqui para a frente), e têm sempre boas inciativas que desenvolvem e exploram, como os concursos locais de banda desenhada, grupos de desenho, etc.. 

Chego a casa com mil ideias e mil vontades, inspirada por tudo o que vi, e o meu lado consumista enche-se de pena de não ter deixado parte do meu ordenado na pequena feira do livro que têm por lá (mas com muitos mais livros na wishlist da wook entretanto). Aproveitem e espreitem também, até dia 8, garanto que vale a pena.







Peço desculpa pela fraca qualidade das fotos, foram tiradas no telemóvel, por vezes a correr, pelo que nem tirei referências decentes dos projectos (e as dos trabalhos da Vera Tavares estão todos desfocados...bolas...), mas espero que seja o suficiente para vos suscitar a curiosidade.

domingo, 1 de novembro de 2015

Olá Novembro!


Devagarinho aproximamo-nos do fim do ano, como quem não quer a coisa. Como já sabem, eu anseio pelo Natal (ou pelo menos, gosto da preparação para o dito), e adoro viver esta época em pleno. Já ando a disfrutar uma boa parte dos meus objectivos de Outono, e em Novembro, com o S. Martinho à porta, os dias cinzentos e pesados de chuva, ando ainda mais motivada para fazer render esta estação. Ainda para mais com um horário de trabalho que ainda me permite sair suficientemente cedo e usar ainda mais os meus dias para o que quiser. 

Novembro já começa com um sabor especial de missão cumprida. Depois de uma semana meio louca de idas ao Ikea, de arrumações, de montagens de móveis, de reorganização de materiais e papéis e tanta coisa, pude finalmente sentir que a minha casa está finalmente a entrar numa ordem há muito desejada. A imagem com que acompanho este post é perfeitamente intencional, é que esta é minha nova secretária, donde vos escrevo, com uma decoração simples (e pensada para muitos momentos de escrita e desenho - aquela caixa de vinho do Porto deu o perfeito organizador de secretária), neste meu novo espaço de home office... na sala. 

Pois que repensei na minha vida e na minha casa, e a verdade é que naquele quarto eu nunca passava tempo nenhum, não me enchia as medidas e percebi porquê. Estava em constante contradição. Porque eu comprei a casa há 6 anos, na esperança que fosse uma casa de família, aquele quarto teria outro objectivo, que não se cumpriu, e quando fiquei sozinha nela tentei enchê-la com outros sonhos e a tentativa de concretização de projectos em espera.
E enquanto eu esperava a inspiração divina para me organizar naquele escritório, e eventualmente começar a cumprir os tais projectos, a vida ia desenrolando e desenvolvendo, os velhos sonhos começam a retomar forma, e a casa está em vias de cumprir o propósito que lhe atribuí inicialmente, em pouco tempo será uma casa de família. Aproveito já para dizer que não estou grávida (tenho um emprego novo, não iria agora de repente pô-lo em risco, nem é o timing certo), mas sim, haverá uma vida a dois, e de vez em quando, a três. 

Confesso que estou algures entre a alegria incondicional e a incredulidade de que isto está mesmo a acontecer. Este não era de todo o meu plano inicial, mas ainda bem que os sonhos não se concretizam da forma que planeamos, senão nunca descobriria todas as surpresas maravilhosas que me deu nos últimos tempos. E eu não trocava o meu percurso, com todos os tropeções e decepções, pelo sonho inicial.
As coisas acontecem quando temos coragem de as desejar. E este mês é o mês destes novos começos, de planos concretizados e sonhos traçados para criar um futuro mais bonito e cheio de amor. Por isso bem-vindo Novembro. A minha casa, é a tua casa. :)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Natal Natal!

Eu sei que parece cedo demais para falar no Natal. Mas não é, antes que a gente dê por isso ele vai estar aí à esquina e quando dermos por nós estamos naquela correria para comprar os presentes de última hora. 
Este ano quero mesmo viver a época com toda a calma e desfrutá-la o mais possível. Quero mesmo comprar presentes antecipadamente, fazer decorações novas de Natal (tenho estas já há algum tempo, e foram feitas com muito carinho e dedicação, mas preciso de um refresh nas cores e no estilo), fazer um centro de mesa, mesmo não fazendo nenhum jantar de família por aqui, personalizar etiquetas, tudo o que me lembrar e conseguir fazer.
Para não variar, ando já a reunir no Pinterest toda uma nova série de inspiração... Apetece-me fazer um pouco de tudo.


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A ideia de juntar as miniaturas de pinheiros com pequenos veados, criar pequenos globos com neve falsa, não é nova, mas este ano queria reorganizar o que fiz em anos anteriores, e aproveitar o que conseguisse para criar um centro de mesa com velas e afins. Ou, como vejo espalhado pelo Pinterest fora, os carrinhos com pinheiros atados no capot, ou decorações mínimas recheadas de coisas boas. Tudo isto faz-me sonhar...

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Ou então utilizar recortes e fazer jogos de textura e profundidade. Tenho tanta cartolina colorida guardada e está na altura de lhe dar uso.

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E cores? Ando dividida. Apetece-me o vermelho e branco. Bem Natal, bem tradicional. Ou o preto. E apetece-me fazer enfeites de novo. Talvez estes abaixo...

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Ou entrar numa onda de pastéis e cores neutras... Apaixonei-me por estes acima. Tantas decisões e já só faltam dois meses e uns trocos... :)

E vocês? Cheios de vontade também? Ou sou só eu que estou doida que o Natal aconteça? Eu sei que não sou só eu... 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Change happens... And it sticks

Consegui encaixar um bocadinho para falar um pouco da mudança dos últimos tempos. 
Têm sido uns dias conturbados e de muita reflexão interior. Nada que não esperasse, mas realmente depois de ultrapassadas algumas barreiras, esquecemo-nos como é sair da zona de conforto. Eu quis muito esta mudança. Eu gostava do meu trabalho mas estava a atingir o meu limite. Andava demasiado cansada, demasiado esgotada e desmotivada. Eu precisava, acima de tudo, desta mudança.

A primeira coisa que me apercebi é que recomeçar é tramado e eu já me tinha esquecido disso. Neste contexto então, tive mesmo um baque grande. Mudam-se procedimentos, tarefas, responsabilidades. Aqui tenho uma equipa maior e consigo finalmente respirar e focar-me de outra forma. Mas senti-me tão novata que até assusta. O silêncio de não nos conhecermos e sermos uma equipa tão recente por vezes oprime. Mas depois há todo o entusiasmo de acreditar que, há 4 anos eu estava sozinha, e frustrada e triste, e o emprego que me oprimia tornou-se uma das melhores coisas da minha vida. E tive sorte de o poder deixar por algo melhor. E deixá-lo um sítio melhor do que o encontrei (um orgulho muito meu).
E agora, por muito que custe começar de novo, há a sensação desconhecida de não saber que coisas interessantes poderemos fazer com todas estas novidades. Pessoas novas, uma equipa nova, uma dinâmica ainda a ser criada. Tudo pode acontecer a partir daqui e é nisso que me tento focar nos dias mais complicados.

Porque, por um motivo que desconheço, sinto-me de alguma forma insegura. Como se não acreditasse que consigo dar a volta. Como se não o tivesse feito uma mão cheia de vezes. 

Mudar é tramado, e a vida pede que estejamos atentos. Não é só um emprego, é uma rotina, é um estilo de vida, é algo que vai servir de pano de fundo para os próximos eventos da minha vida. Sim, porque mais mudanças aproximam-se, daquelas que acredito que serão boas. E é dali, onde passo 8 horas diárias, que muitos planos, ideias, e estratégias acontecem na minha cabeça. Quero acreditar que é ali que irei trabalhar quando engravidar (será?). É a partir dali que novas rotinas vão acontecer. Quero acreditar que um dia que saia dali será com algo completamente diferente em mente. Portanto não é só um trabalho. 

E sim, estou a gostar. Estou a adaptar-me rapidamente, mais do que pensava e tenho projectos interessantes em calha. E sim, quero continuar a fazer as minhas coisas porque não existem empregos perfeitos e sei que aquilo que eu quero e gosto é importante para manter a sanidade mental.

E bem a propósito, aqui está um artigo da Elizabeth Gilbert sobre esta coisa das mulheres serem sempre tão inseguras, e o Mr. Hugh Laurie himself a motivar-me nesta quarta-feira (que toda a gente sabe que é o pior dia da semana).

(imagem via)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Compasso de espera

O trabalho novo começa daqui a dois dias. Consegui ter aqui uma pequena brecha de tempo para descansar, fazer um reboot ao cérebro e (espero) estar apta para começar a nova etapa. A semana passada não escrevi mais porque, na correria de terminar projectos, de deixar o máximo de informação com o meu colega, de não deixar para trás demasiadas complicações, a capacidade cerebral não estava em alta. Tive inclusive de deixar o curso em stand-by, como já previa. A parte boa é que poderei transitar a minha inscrição para a próxima edição e aposto que estarei muito mais apta e focada nessa altura.

Saí portanto do meu ex-emprego de rastos, a precisar de férias de três semanas nas Caraíbas a beber Malibu, apanhar sol, dormir sestas numa cama de rede, mas não, tenho apenas 3 dias de pausa para relaxar e preparar-me para o que aí vem.

Para estes 3 dias, o tempo é muito escasso e ainda há algumas coisas a cumprir (visitas a amigos, uma ida ao médico, esse tipo de coisas), mas hoje, só hoje, o meu tempo é todo meu. Enquanto faço um esforço para não me deixar levar pelos trabalhos de casa (tive de por roupa a lavar e deixar coisas na arrecadação, mas não trato de mais nada, prometo), hoje o dia é para mim e para as pequenas coisas que quero por em prática. 

As we speak, tenho 3 molduras a secar na varanda depois de 3 demãos de tinta de spray, vamos a ver se a coisa corre de feição, e depois mostro no blog o resultado desta brincadeira. Também tenho posts a escrever, na minha recém-destralhada secretária no meu pequeno home office, desenhos que me apetece fazer e creio que hoje também será dia de sesta no sofá. Deveria poder ter um dia destes por mês. 
Se não puder aproveitar o fim-de-semana, tirar um dia de férias ocasional para estas pequenas indulgências, para fazer aquilo que quero mais fazer se não tivesse de ter coisas para fazer. Hoje é o dia. 
Esperem novidades minhas em breve!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Arranjar espaço

Começa hoje a última semana no meu actual emprego. Para a semana começo o novo emprego.
E estou já na terceira semana do curso que disse que ia tirar, no início deste Verão.
Não me posso queixar de monotonia na minha vida, ultimamente parece que tudo acontece no vórtice temporal de Setembro/Outubro. 

Confesso que já pensei e repensei a minha vida acerca do curso. São só dois meses, mas as aulas são longas, até tarde e más horas, interferem brutalmente nos meus dias, e estou para ver se irão fazer estragos na rotina futura. Não estou a gostar particularmente das aulas e dos conteúdos em si, mas a minha consciência pesa-me quando penso no dinheiro que gastei e que tenho de rentabilizar, quando penso que isto pode ser uma mais-valia grande no meu percurso. E é tudo verdade, mas aquelas coisas que eu realmente quero, os workshops e cursos que quero fazer, esses ficam sempre para último. 
Os meus projectos anteriores ficaram em stand-by em prol de um trabalho onde não pude evoluir, e que apesar de gostar, quis trocar. E agora vai começar tudo outra vez. 
Às vezes pergunto-me o que realmente quero, se ainda quero experimentar ilustrar, se ainda me preocupo com projectos diferentes para a minha casa. Não posso viver uma vida sem criatividade, mas consigo ter energia sequer para me dedicar verdadeiramente às coisas?

Há dias em que é extremamente difícil fazer estes pequenos sacrifícios. Esta mudança de emprego tem sido emotiva e afecta-me mais do que eu gostaria. Mas tenho de acreditar que as coisas estão a mudar porque me vão fazer bem, e que há coisas que, mesmo que não goste particularmente (o curso), também não vão durar para sempre. 

E ontem, coisas aconteceram. Ontem levantei-me do sofá e arrumei parte do meu roupeiro. Ontem peguei em tintas e fiz borrões no meu caderno de desenhos, que hei-de usar como fundo para experimentar outras coisas. Ontem pintei uma tela com a miúda mais gira de Lisboa e arredores, só pelo gozo de fazer porcaria. Ontem cuidei da casa. Ontem percebi que quando eu quero, eu consigo. Mesmo que sejam só pequenas coisas, pequenas experiências que enchem a minha vida de prazer. 

Até porque, ontem também consegui sentar-me no chão do meu quarto a ver a chuva a cair, a ouvi-la e a sentir o cheiro de terra molhada que se desprendia do chão (como eu disse que queria fazer aqui). E percebo que há espaço para tudo na vida, desde que o saibamos aproveitar.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Inspiração Home office: Quadros de cortiça

Eu já tinha visto no pinterest um DIY que me fez repensar a utilização dos quadros de cortiça. Mas desde que publiquei esta imagem absolutamente inspiradora que decidi que tinha MESMO de ter um, ou uma parede igual, de preferência.
Hoje, como que a ler-me os pensamentos, no I Spy DIY apareceram mais umas quantas opções que agora me fazem vacilar, e como isso não bastasse, apanhei mais algumas ideias no Pinterest. Só para partilhar convosco e ficar ainda mais confusa. 

Alguns destes são apenas decorativos mas ainda assim reflectem toda uma nova maneira de usar a cortiça, seja com uso prático ou não. Agora a dificuldade é na escolha. Apetece ter todos. Que vos parece? Ainda alinhavam nesta onda ou isso ficou bem enterrado nos anos 90?

  (imagem via)

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E falando em anos 90, o que tinham pendurado nos vossos quadros de cortiça clássicos da época? O meu tinha: horário das aulas, bilhetes/desenhos/papéis com parvoíces que trocava nas aulas com os meus amigos, bilhetes para concertos, fotos tipo passe das máquinas com as amigas, fotos de família e amigos, e algumas cartas e postalfree que apanhava por aí.

domingo, 27 de setembro de 2015

Change happens

As coisas andam a mudar por aqui. E, como sempre, quando algo se muda, outras que tais vão atrás e quando damos conta, a vida anda de pernas para o ar. 
Nunca fui pessoa que gostasse particularmente da mudança. Sou caranguejo, sou ligada ao passado, à História pessoal de cada um (a minha em particular). Mas sei perceber que não podemos estar sempre no mesmo lugar. Por isso sinto-me sempre uma contradição ambulante quando algo muda, porque por um lado quero e desejo essa mudança, por outro desejo a vida simples que conhecia antes. Encontrei esta frase no pinterest e acho que se adequa muito bem...


No início deste mês dei por mim a tomar uma decisão difícil, mas necessária. Decidi mudar de emprego. Quem me segue e conhece há mais tempo sabe que a minha vida profissional, ainda que bastante regular e com um crescimento estável, muitas vezes causou-me questões existenciais. No início do meu percurso, achava na minha ingenuidade que existia o emprego perfeito. Mudei muitas vezes e procurei sempre "aquele" ideal que não existia. Experimentei tantas coisas diferentes, tantas vertentes, cheguei a questionar se design gráfico ainda era a minha cena. Agora olho-a como uma fase de altos e baixos, que me ajudou a tomar a decisão de ficar, como deve ser,neste onde me encontro. Há que aceitar que um emprego implica também um percurso. Os primeiros tempos não foram fáceis, pela primeira vez trabalhava numa empresa grande, e passava muito tempo sozinha, na sala enorme que quase sempre se encontrava vazia à excepção de mim. 

Foi nesses primeiros dias que criei este blog. Percebi que, se ia ser uma adulta responsável, teria de ter um sítio onde sonhar e extravasar a criatividade que não podia usar no mundo corporativo.
Postei várias vezes sobre os meus almoços solitários no jardim, que me davam força para ultrapassar os primeiros tempos. Começar a conviver demorou algum tempo, mas construí um percurso de que muito me orgulho, sei que hoje ainda sou das pessoas que criam um bom ambiente, conheço bem a empresa e faço um bom trabalho, para além de tudo isto, conquistei novos amigos que quero levar comigo pela vida fora, e não só. Foi aqui que me voltei a apaixonar. 

Mas trabalho é trabalho e tive de reconhecer que não poderia evoluir muito mais do ponto onde estava, e decidi responder a um anúncio. E gostaram de mim. E fizeram-me uma proposta irrecusável. Pela primeira vez uma oportunidade realmente boa surgiu-me pela frente e eu não podia rejeitá-la. Claro que isto levou-me a alguns dias de desorientação. Como é que digo adeus a um sítio onde cresci, onde aprendi tanto, onde criei laços tão fortes e onde muitas vezes me encontrei? Bem, vai devagarinho. Tanto tenho dias de saudades intensas e alguma angústia da separação, como uma alegria enorme em atingir um novo patamar profissional.

O meu maior orgulho é pensar que estes 4 anos e qualquer coisa serviram para eu realmente aprender a ser determinada e confiante nas minhas capacidades. Deu-me a força para eu poder dar o passo seguinte. Para eu poder encontrar uma oportunidade boa na minha vida. 

Portanto entre a melancolia do adeus e a expectativa, vou vivendo os meus dias até à mudança realmente chegar. Está a ser cansativo, mas mais uma vez, vou aprendendo muito sobre mim.

Daqui a duas semanas vou despedir-me daquela que foi a minha segunda casa durante quatro anos e abraçar um novo desafio. Sinto o formigueiro da novidade e a expectativa de recriar, mais uma vez, a minha vida. A minha vida deu tantas voltas nos últimos tempos. Estou tonta de tanto rodopio, mas estou feliz porque esse rodopio foi causado por mim. E aí não há melancolia que resista. A minha vida, crio-a eu.