What's in the box?

Bem-vindo/a à caixinha.



Se és novo por aqui este é só um pequeno passo para te orientar por aqui (se te apetecer, óbvio, isto não é obrigatório) e saberes um pouco mais sobre esta caixa de pensamentos e como surgiu a minha vida de blogger de tempos livres. 

Há uns valentes anos decidi criar um blog porque era uma forma de me manter em contacto com uma das minhas melhores amigas que foi estudar para a América (e nunca mais voltou). Ela tinha um blog para seguirmos a sua grande aventura americana e a coisa contagiou-me (e claro, já pensava nisso antes, mas como não sou particularmente destemida, quis perceber melhor a dinâmica da coisa antes de me aventurar). 

Nessa altura a blogosfera era ainda uma criança a dar os primeiros passos e nessa época os blogs eram feios, com muito texto e pouca imagem. E foi essa a base que me trouxe a uma comunidade virtual criativa e versátil, onde trocar ideias com pessoas no mesmo comprimento de onda era um estímulo diário. 

Vi blogs começarem pequenos e crescerem, blogs-poesia de reflexões profundas ou por vezes vagas da vida, blogs políticos, de opinião, de comédia (não esquecer que o gato fedorento começou num blog). Vi blogs que mudaram para uma abordagem mais comercial, eu própria comecei a aprimorar a forma como escrevia, a imprimir mais qualidade de imagem, e quando dei por mim, e ao fim de muitos anos de escrita para aliviar a alma, de dois blogs semi-abandonados, nasceu A Box, apenas e somente para me expressar criativamente e procurar e, quem sabe, também infundir inspiração. 

"When incense burns, smoke unfurls, analogue girl in a digital world"

Na época era apenas o analog's box, a minha caixa de inspiração, pensamentos, papéis, tintas, e tudo o mais que coubesse. A box da moça analógica, o meu avatar retirado de uma música da Erikah Badu, que uma vez, ao ouvi-la pela milésima vez a caminho da faculdade, me caíu profundamente como uma verdade inabalável sobre mim. Sabem quando parece que as coisas são escritas para nós? Foi o caso. 
Confesso, hoje em dia já não me sinto tão deslocada da realidade como nesses anos. Não me sinto presa numa realidade alternativa ao resto do mundo como acontecia então. Adoro comunicar atrás de um ecrã, talvez porque o mundo digital é mesmo o espaço perfeito para uma pessoa introvertida, ou seja, não preciso de sair de casa.

Portanto, se eu já estava bem enraizada na blogosfera, foi fácil assentar arraiais definitivos na box, e ampliar o foco, começar a falar das minhas coisas, partilhar fotos, inspirações e desejos. Recentemente o leque também se alargou à maternidade, e creio que essa expansão vai sempre acontecer, a par da minha própria evolução pessoal. 

A box é o meu poiso, onde paro para respirar e para reflectir. Onde busco inspiração e dou largas aos meus impulsos criativos, se vos interessar. Podem esperar daqui partilhas felizes, desabafos sentidos, muito blá-blá-blá bilingue (anos a trabalhar em empresas estrangeiras e muito paleio em inglês), algumas asneiras, e espero, sentido de humor. Sem linha editorial nem objectivos comerciais, mas mentiria se não dissesse que gosto de ser lida. 

Este é o meu canto de partilha com todos os altos e baixos, incoerências e alucinações que uma mãe criativa, designer full-time, e dona-de-casa sem tempo consegue dar.
Não me acho uma guru de nada nem tenho certezas absolutas, mas este exercício egocêntrico é terapêutico e já me trouxe coisas maravilhosas ao longo dos anos, pelo que, mesmo com inúmeras pausas, não consigo senão voltar aqui, onde sou feliz. 

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