quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Coisas avulso

Devido ao post da semana passada da querida Susana (que tem só o blog/pág de facebook que me ajudam a lidar com esta coisa complexa e maravilhosa que é a maternidade sem enlouquecer ou me sentir uma freak), acredito que o meu blog receba agora uma fornada de novas leitoras. Assim em jeito de apresentação, deixo alguns factos aleatórios sobre mim só porque sim:
1- (isto já devem saber, mas) Sou a Joana, tenho 36 anos e sou designer gráfica há 13 anos. Ainda não me fartei da minha profissão mas sempre achei que não pode durar para sempre. A ver vamos se algum dia me vai dar para mudar radicalmente.
2- Em Setembro fez também 13 anos que escrevo blogs. Comecei completamente por acaso, para seguir e partilhar coisas com uma querida amiga que foi viver para os Estados Unidos e ficou por lá. Tornou-se o testemunho da minha vida desde aí (apesar deste blog ser mais recente, tem apenas 7 anos). Ela parou de escrever, eu não consigo largar isto… mas não actualizo com muita frequência, aviso já
3- Não suporto a moda dos unicórnios. 
4- Sou chocolatodependente e eu sei que está só na minha cabeça, mas não quero parar de comer. É uma escolha, e eu assumo.
5- O meu herói preferido é o Tio Patinhas
6- Consequentemente, sempre me considerei um pouco forreta e acho que é uma virtude 
7- Tenho boa memória e sei de coisas absolutamente desnecessárias e que não deveriam ocupar espaço cerebral. Mas também guardo imensas recordações que adoro partilhar com amigos mais antigos. 
8- Mas também sei o meu Nº de Cartão de cidadão e o NIF de cor. E falta pouco para decorar o meu NIB também
9- Sou introvertida e adoro ler. Tenho de ter sempre um livro na cabeceira mesmo que passe dias sem lhe tocar 
10- Tim Burton rules
11- Sou definitivamente uma morning person e acordo sempre com fome e com energia
12- O pequeno-almoço é a minha refeição preferida
13- O meu filho é provavelmente o bebé mais lindo que eu já vi
14- Já pratiquei patinagem artística e é a minha pedrinha no sapato não me ter dedicado mais àquilo (houve muitos problemas que impediram, um dia talvez vos conte)
15- Falando nisso, é um objectivo meu a curto prazo comprar patins para recuperar o hábito (próxima primavera, espero eu)
16- Sou uma geek. Adoro o Star Wars e não consigo escolher preferidos entre o senhor dos Anéis e o Harry Potter
17- O meu maior sonho seria comprar uma casa no campo e ter uma biblioteca “à antiga”, assim uma coisa muito ao estilo Enid Blyton. Quem sabe um dia.
E pronto, assim de repente não me ocorre mais nada, mas certamente ficou muito por dizer. E agora um desafio em cima do joelho, não se querem também apresentar e contar 3 coisas sobre vocês? Os comentários estão em aberto. E isto não é válido só para a malta “nova”, os que já cá vêm também podiam partilhar algo que não saiba sobre vocês. #ficaadica

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Ai pessoas...!

Estou cansada das pessoas. Muito a sério. Cansada da facilidade com que as pessoas descartam e destratam as outras, a facilidade como empurram os outros com a barriga para ficarem eles próprios no centro das atenções. Não posso mais participar em conversas onde só te ouvem porque estão à espera da vez deles para falar, e isto quando te ouvem, porque grande parte das vezes impõem-se, dominam tudo e não te deixam sequer opinar porque apenas a opinião deles conta.

Detesto como vejo pessoas a tirar conclusões sobre os outros e como espalham as suas visões e opiniões deturpadas pela sua própria perspectiva da vida porque têm de odiar alguém, porque tem de haver um objecto de rejeição, de conversa, de desprezo conjunto. Porque rejeitar é fácil, rejeitar une pessoas sob um denominador comum. Excepto que há as que ficam de fora, as que são ignoradas. E por vezes muito obviamente rejeitadas, a tentar fazer de tudo para não serem postas de parte, mas sem sucesso.

Odeio quando rotulam assim as pessoas. Sem dó nem piedade, sem tolerância, sem um mínimo de compreensão e compaixão.

Odeio que essas atitudes de merda sejam tão tóxicas que contaminem todos em redor.

Não sou nenhuma santa. Eu ainda julgo, critico e aponto o dedo. Mais vezes do que gostaria. Mas se antes o fazia e empinava o nariz, orgulhosa, hoje repenso, recolho o braço esticado em tom acusador e questiono. Não conheço o íntimo de ninguém, não sei o que passa, não sei as dores por que passam. E se não me está a fazer mal ou a provocar uma ofensa mortal, que direito tenho eu de rebaixar alguém? Porque me irrita? Porque não é igual à carneirada?


Infelizmente há quem queira ter a razão à força, que impõe a sua verdade impugnável e com isso empurra os outros para fora de vista. Como se isso não ofendesse também. Como se isso não magoasse.

O que nos dá o direito de atropelar assim as pessoas? Porque raio isso nunca ficou arquivado nos tempos de escola? Onde anda a compreensão e tolerância que tantos gostam de aclamar mas que depois quando lhes convém, fica esquecida?

Não precisamos de ser todos amigos de toda a gente e amar o mundo, claro que existem círculos mais restritos e devemos estar com quem nos diz mais, mas não é sempre assim que funciona a vida, também temos de tolerar e conviver com quem não nos é tão próximo. Rejeitar e rebaixar só porque é conveniente ou porque nos achamos na posse de uma qualquer posição superior à dos outros não é aceitável. Não sejamos então estas bestas críticas e intolerantes, não façamos aos outros aquilo que não gostamos que nos façam a nós. Será que custa muito?

Foda-se, eu achava que não. Mas já me enganei por menos…

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Coisas que aprendi e não acreditava que eram reais (felizmente não são muitas)

Pessoal, estamos num impasse, porque ando verdadeiramente sem vontade de escrever.  As ideias para posts e pensamentos avulsos continuam a brotar desta cabecinha, mas quando coloco o dedo no teclado, nada sai. É um pouco frustrante, porque sinto que a minha cabeça está a entrar num estado de absoluta incapacidade de funcionar como devia. Sim, eu sei, agora tenho um bebé, que não dorme grande coisa, que não me larga, que eu amamento (e de alguma forma, acho que isso influencia a minha capacidade cerebral), como demasiado açúcar, tenho muita coisa (sopeirices) a acontecer na minha vidayaddayaddayadda.
Eu sei que um bebé nos rouba atenção, espaço, sanidade mental, e recentemente passei (espero que já tenha passado mesmo) uma fase catastrófica porque, depois ter passado 5 meses entre os primeiros dois dentes e o terceiro, e de repente nas duas últimas semanas apareceram três a espreitar sem aviso prévio, o que acredito que provocou a quantidade de noites mal dormidas que, ainda por cima, coincidiram com uma constipação do demo que não me larga há 2 semanas.

Portanto estamos bem.

Ainda assim, e apesar de eu me sentir absolutamente incapaz de juntar as ideias em frases coerentes e relativamente curtas, queria partilhar convosco algumas coisas que me diziam que iriam acontecer quando fosse mãe, e que ou não acreditava muito nelas (ou achava-as um pouco forçadas).

A primeira, eu era uma gabarolas com a minha imunidade. Raramente ficava doente, a única maleita que padecia era de alergias, que, com o passar dos anos têm vindo a abrandar. Não tinha febre há mais de uma década. Apanhava vento e correntes de ar sem um pio. Se estivesse um pouco mais afectada um dia de chá e brufens aliviava a coisa. E já me tinham dito que quando tivesse filhos o corpo ia reagir de maneira diferente e que apanhávamos facilmente as doenças dos putos e afins. A minha tosse de cão e o meu nariz pingão sem fim à vista confirmam esta tese, desde que o puto nasceu que eu sou uma menina. E pior, com a amamentação estou estupidamente limitada na medicação, e obviamente que não há cá aguardente com mel. Uma tristeza portanto. Sinto-me como o super-homem junto à kriptonite.

Segunda, que me esqueço das coisas mais facilmente. Esta vai e vem. Ainda acho que continuo a ter uma boa memória – e a prova disso é que ontem no trabalho, a falar com um colega, e com esta constipação e noites mal dormidas, lhe lembrei que ele se estava a esquecer do café na máquina. Nem tudo está perdido. Mas então no que toca ao blog, acontece-me mais vezes do que quero admitir, tenho ideias para posts e quando vou tentar ordenar ideias… esqueci-me (aliás, compilar as ideias para este post foi um feito, esqueci-me várias vezes do que queria escrever, e é aqui que sinto que os smartphonesforam das melhores invenções da humanidade).

Terceiro, que no fundo no fundo, eles dão bem menos trabalho quando são bebezinhos. E eu confesso que não acreditava muito nesta porque passei horrivelmente mal nos primeiros tempos. Aquelas coisas que ninguém fala: não me sentia particularmente apegada ao bebé, sentia-me exausta, a flutuar num mar de hormonas, nervosa e preocupada com a responsabilidade em ser a principal fonte de sobrevivência daquela criatura. Só queria que o tempo passasse e ele começasse a ser mais ele, e eu estivesse mais habituada ao meu papel de mãe. Pois… ontem passava pelas fotos dele tão pequenino e apesar das sestas de meia-hora que ela fazia, era realmente um sossego e tão mais fácil de lidar do que agora. Como é que eu não vi isso?? Mas ele agora é um espectáculo, divertido e provocador, e isso compensa (um pouco) a trabalheira que dá.
Ainda estou para perceber se entretanto com esta coisa das saudades do pouco trabalho que dava e de ter um bebé sossegadinho e dependente de mim me vão dar vontade de ter outro. Para já não acredito muito nisso, estou muito bem assim, obrigada. Mas nunca se sabe. No meio disto tudo, o que realmente aprendi com esta coisa da maternidade é nunca dar nada por certo nem definitivo. As coisas mudam facilmente e eu tenho de apanhar o ritmo e deixar de querer controlar tudo. E há dias em que isso custa horrores, mas acho que é capaz de ser a melhor e mais dura aprendizagem da minha vida. E há algo de bom em desafiar os limites.