Considerações e resoluções finais
A experiência chegou ao fim. Hoje de manhã recuperei as redes e naveguei um pouco, o Gonçalo estava a dormir e não havendo tanto trânsito, que pude ficar em casa mais tempo, tomar o pequeno-almoço, andar um pouco pelo Face e pelo Insta, etc... continua tudo na mesma.
Muito honestamente, acho que pouco adiantou. Foi uma experiência interessante, sei que sobrevivo sem as redes sociais, mas sabia que estes dias não iam propriamente “curar” a minha dependência, que acho que não é das redes sociais em si, mas uma necessidade minha de escapismo constante.
Eu devo andar aborrecida, desmotivada, cansada, não sei, mas sinto que tenho de consumir os recursos todos de uma vez só porque depois tenho de ser mãe e não tenho tempo para as coisas e quando saio do trabalho acabaram os meus momentos (o que já não é bem verdade, porque ele já vai dando noites melhores e eu já consigo tirar um bocadinho para ler e ver séries).
Mas tenho mesmo de parar com isto e ser mais consciente do que faço, porque este automatismo e constante dispersar de atenção também me consome a mim.
Quero viver uma coisa de cada vez, e já agora com alguma calma e tranquilidade, e isso passa mais por mim do que pelo telefone. Eu tenho mesmo de assumir e por em prática acções que me impeçam de estar neste vaivém constante de informação, e isso vai para além das redes sociais.
No entanto, e porque preciso de começar por algum lado, começo por aqui. E para além das já afamadas medidas como desligar as notificações (que já fazia antes), restringir o uso do telefone às refeições e durante a noite (que vou começar a aplicar com mais afinco), deixar de seguir contas (que é um processo que nunca mais acaba, por isso vai-se fazendo), vou tomar UMA medida bastante importante, que é o que o meu homem costuma fazer e que a mim já está a desencorajar-me de passar o dia a espreitar o telefone… fazer log off sempre que saio da aplicação. Porque se tenho de voltar a logar-me, vou ter de me dar ao trabalho de escrever o meu user e password, e isso não é um processo automático como tocar e aceder. E acabo por não o fazer.
Às vezes tentar a abordagem preguiçosa pode funcionar nestes casos. Comigo já leva meio dia e estou a portar-me lindamente. Vá, talvez os 5 dias tenham tido algum efeito também em mim, mas agora é fazer por formar um hábito bom de olhar mais em volta e menos para o ecrã. May the force be with me.
1 comentário:
Engraçado que estou sem sono a meio da noite e é o teu blog que vim estreitar :) como sabes não tenho face, nem Instagram e para dizer a verdade, nem sei bem comodato funciona o Twitter. Eheh. segundo li, para o teu cérebro assumir algo como um novo hábito, são precisos 22 dias. Gostei muito de acompanhar a tua experiência!
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