Um fim-de-semana completamente off
Ok, talvez tenha tido mais sorte no fim-de-semana, que foi passado com as duas crianças, o que implica mais movimento, mais agitação, mais entretenimento e muito menos tempo para olhar para o telefone. Acho que o meu filho olhou mais vezes do que eu para o telefone, entre vídeos da Xana toc-toc e os caricas. Não é propriamente batota mas sem dúvida que ajudou muitíssimo a passar o tempo offline.
No entanto na sexta-feira, fui ao aeroporto buscar o meu moço, munida de um livro para nem pensar em espreitar mais do telefone do que o tracker do avião enquanto esperava. Li um capítulo com algum custo porque, convenhamos, os aeroportos são os locais mais espectaculares para uma pessoa se distrair. E eu adoro ver as pessoas a chegar e imaginar as suas histórias. Vi o reencontro inesperado de algumas amigas, famílias a chegar de férias com um ar descontraído, homens de negócios, jovens a chegar a Lisboa para se divertirem, entre eles uma despedida de solteira com uma noiva que chega de véu com duas pilas rosa e acena ao melhor estilo Rainha Isabel II. Dei por mim a sorrir e a vibrar com estas histórias que não eram as minhas. A porta das chegadas do Aeroporto é dos sítios mais felizes que conheço. Vagueei alegremente nesta realidade enquanto procurava o meu rosto na multidão. E não senti pingo de necessidade de consultar ou publicar nas redes sociais. Mas pensava em escrever aqui no blog, sim.
Porque a necessidade da partilha continua a existir. E sabe bem.
A boa notícia é que consulto o telefone MUITO menos vezes. A má é que com uma ida à praia pelo meio e algumas fotos tiradas no momento, é bem possível que o meu excelentíssimo companheiro tenha publicado algo no Instagram e eu estou a morder-me para lá ir espreitar. Não há volta a dar, ainda gosto bastante desta rede, mas aquele recanto privado, nosso, familiar. Não o instagram feira-das-vaidades que se vê com cada vez mais frequência. De resto, sem twitter e sem facebook a coisa até se faz bem, mas acho que 5 dias pouco ou nada me vão adiantar.
Sinto que preciso de algumas medidas mais definitivas da coisa, mas ainda não sei bem quais. No entanto já percebi que aprendi muito e que estando a finalizar o período de provação, sei que terei de criar regras, limpar muito entulho e observar melhor o que pretendo das redes sociais.
Mas acima de tudo, estou contente por estar a sobreviver a este desafio.
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