segunda-feira, 25 de junho de 2018

O que eu quero é escrever

Tenho saudades de escrever, tenho saudades de escrever todos os dias, de partilhar pensamentos e vontades, desabafos e frustrações, alegrias e conquistas. Mas ando estupidamente cansada. Se eu antes me queixava do cansaço? Eu não sabia o que era cansaço! Estamos em 10 meses e uns trocos de bebé, 10 meses de amamentação louca e desenfreada, 10 meses de noites interrompidas, do co-sleeping que sempre quis evitar e agora é incontornável, 10 meses de humores instáveis com as hormonas e a privação de sono como principais motores. 10 meses de (ainda) muito stress na aprendizagem diária da rotina, e de dias surpreendentemente criativos e cheios. 10 meses de muita aprendizagem, muito amor, muito namoro com aquele bebé pequeno que tem tamanho de bebé de ano e meio, que grita  tem vontade própria e tem a gargalhada mais gostosa da área metropolitana de Lisboa (os outros bebés que me perdoem). O bebé cresce, e eu vou aprendendo a ser mãe. Aliás, vou aprendendo a não ser só mãe. Já voltei ao trabalho há alguns meses, já levo a rotina de barato (ou quase), e tudo flui de outra forma. Voltei (na verdade nunca deixei) a ler com mais frequência, coisa que me garantiram que não conseguiria voltar a fazer (e celebrei esse facto comprando uma quantidade pornográfica de livros na wook), levamos o bebé para todo o lado, munidos de comidas e todo o aparato para conservação da mesma (no dia em que puder sair à rua sem esta tralha toda atrás até digo que é mentira), já vou tendo um cheirinho de vida própria e pasme-se, já bebi umas cervejas pretas e voltei a sonhar com ideias e projectos mais loucos. Nada de megalómano, claro, mas levar algo para a frente com o meu muito carente e insone filho é tarefa dura. Para já duas ideias breves… a primeira festa de aniversário do pequeno diabrete, um projecto muito meu e muito handmade (esperemos) e a segunda, voltar ao blog como deve ser. Mas para isso tenho de escrever. Continuar a escrever. Não parar de escrever. Que saudades de escrever!

2 comentários:

м disse...

Nunca pares de escrever porque é tão bom ler-te!

Liliana Pereira disse...

Que saudades de te ler! ;)
Mas compreendo tão bem essa fase!