terça-feira, 13 de março de 2018




Em miúda, na primária, não havia ano em que não escrevêssemos uma composição sobre a Primavera. Na altura escrevia as frases-chave, “dias mais compridos e quentes”, “o regresso das cores”, “brincar mais lá fora” e ficava-me por aí. Na verdade, eram cópias atrás de cópias das fórmulas já apresentadas nos livros da escola. Nunca na vida me tinha dado ao trabalho de observar a Natureza.
Depois, na adolescência, a primavera tornou-se a minha Nemésis. Com a sinusite no auge, dores nos olhos, nariz pingão, a última coisa que eu queria era lembrar-me que era primavera.
E eis que agora encontro outra paz nesta coisa de observar a mudança das estações. E sim, muito particularmente da Primavera. Porque é mesmo algo por que ansiar, uma espécie de luz no fim do tunel do Inverno (e se eu gosto de Inverno, pessoas). E dá-me um gozo enorme observar que mesmo por entre as tempestades que nos assolam nestes dias, a Primavera continua a vir. Não há alterações climáticas que impeçam as estações de mudarem, mesmo que as estações estejam um pouco bipolares nos dias que correm. E a Primavera é a que mais facilmente nos entra no espírito, e realmente nos alegra e nos faz acreditar em dias mais luminosos. Uma estação optimista. E tem-me dado um gozo gigante registar o desenvolvimento, o desabrochar desta estação ao longo dos dias, lá para o meu instagram. Um dia não é igual ao outro, mesmo que estas semanas pareçam um longo dia de chuva. 

1 comentário:

C. disse...

Adoro :D vou-te adicionar no meu instagram ;)


Beijinhos,
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