domingo, 2 de julho de 2017

Em jeito de fecho da primeira metade do ano...

Um dos meus grandes objectivos pré-mãe era terminar de escrever o meu diário, que escrevi até à última linha da última página. Calhou mesmo bem fechá-lo nesta fase, em que o ano chega a meio e gosto de reflectir no que fiz e no que vem aí. E que a minha vida esta prestes a mudar... sabe bem começar algo novo para fazer parte da nova fase também.



Como sabem, este ano decidi dedicar-me mais a esta tarefa da escrita. Ando mesmo a coleccionar material de apoio no Pinterest, tudo o que me guie neste processo de auto conhecimento que iniciei mais à séria no ano passado.

Ainda estou a arranhar a superfície, mas sabe-me bem verificar que escrevo mais páginas de cada vez, que faço reflexões tanto em fases negativas como positivas, que procuro mais e mais formas de me manter em contacto com o meu bem-estar.

Terminar este diário foi uma sensação única, nunca o tinha feito antes. Em miúda tive vários cadernos e diários onde desabafava os meus males e desamores, as dúvidas e dores de crescimento, mas nunca foi uma tarefa consistente e invariavelmente encostava-os a um canto até que me apetecesse iniciar novamente a tarefa... num caderno limpo que invariavelmente abandonava da mesma forma. 

O diário que agora terminei foi-me dado nos meus anos pela minha irmã há (quase) 3 anos. Iniciei-o com pequenas histórias e evasões da realidade, que na altura me estava a ser bastante dolorosa. O diário acompanhou-me na minha separação, no despertar da nova relação, em viagens, ajudou-me a encontrar a palavra do ano e guardou memórias que não me quero esquecer. Ajudou-me também a descobrir a origem de tantas coisas em mim, a colocar as peças do puzzle em ordem, a perceber onde estou e para onde quero ir. Acompanhou-me em bons e maus momentos, tanto terminava uma entrada com um sentimento de gratidão, como dois dias depois desabava-me o mundo e lá ia eu, desabafar mágoas. A vida é cheia de altos e baixos, mas no meio da loucura que por vezes um diário possa ser, consigo encontrar um fio condutor e perceber que tudo faz parte da minha história e evolução. 

Hoje, em que estamos exactamente a inaugurar a segunda metade do ano, fez-me sentido este post.
E só porque me apetece, vou partilhar algumas coisas que escrevi por lá, e que olhando para trás fazem-me sorrir, e sentir-me mais segura do meu percurso, com todos os altos e baixos que implica.

"(...) Um dia de cada vez, uma página, um parágrafo de cada vez. Não precisa de saber para onde vai, nem precisa de saber como acaba a história, porque o importante é começar. 
Hoje. Agora. Aqui. (...)"
(primeira entrada - 07-07-2014)

" Se eu pudesse cristalizar estes momentos de gratidão e felicidade pura, fazia-o, e olhava diariamente para eles, para nunca me esquecer. Resta-me a escrita para deixar a memória presente em qualquer lugar. (...)" 
(28-12-2015)

"Eu sei de uma coisa. Eu não vou parar, se não me sinto bem, ou confortável, ou feliz, eu sei que vou fazer algo para mudar o que estiver mal."
(26-02-2017)

Agora que venha a segunda parte. Que vou inaugurar com o meu aniversário. Parece-me uma boa.


3 comentários:

Agridoce disse...

Muitos, muitos parabéns! Este vai ser, certamente, um ano especial. Que sejas muito feliz e que continues a apostar nestas pequenas coisas que te dão tanto prazer.

Um beijinho!

Lucie Lu disse...

Lembro-me de alguns diários perfumados e com cadeado. De outros cadernos e essencialmente de um caderno de dedicatórias.
Acho que sou uma eterna colecionadora de cadernos, mas eles são sempre demasiado bonitos, só os quero estrear com uma coisa especial e acabam por ficar ali bonitos e imaculados mas sem histórias para contar...
Obrigada por esta partilha, talvez devesse escrever mais para não esquecer a vida que acontece, com dores e gratidão, lágrimas e gargalhadas.

Um grande beijinho*

Analog Girl disse...

Minha querida Agridoce, obrigada! :)
Foi de facto um dia em cheio e tenho só motivos para agradecer. Obrigada por estares sempre por aí. Beijinhos

Lucie Lu, durante anos fui (sou?) assim, e tenho ainda comigo uma vasta coleção de cadernos por estrear, alguns deles até bem ranhosos, mas apenas porque são novos e com tantas promessas, ficam em branco até me dar uma revolução e vá de escrever. Cheguei à conclusão que cada vez mais adoro páginas riscadas e imperfeitas. Mas é sempre um work in progress superar aqueles primeiros momentos em que quero tudo lindo e imaculado e escrito sem erros nem imperfeições. Depois pela 5ª página isso passa, começo a fazer letra de médico e a escrever à velocidade do pensamento e pronto... é assim! :)