sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Olá 2016

É engraçado, quando penso em 2015, não vejo propriamente uma linha condutora. Em 2014 foi tão simples verificar a minha evolução, as decisões definitivas para uma nova vida, uma série de coisas novas e importantes aconteceram, em crescendo. Em 2015 naveguei em águas mais calmas, pelo menos em comparação com o ano anterior, porque é verdade que muita coisa nova e definidora também aconteceu, mas de forma tão natural, e eu tive uma atitude tão mais passiva, que mesmo causando agitação, as coisas conduziram-se ao lugar por si só.
2015 começou com a assustadora aventura da independência total. A casa inteira por minha conta, um orçamento único para gerir, e toda uma nova vida para aprender a viver. Os primeiros meses não foram fáceis, muitos ajustes a fazer, muita gaveta mental por arrumar, noites solitárias de muita reflexão… 
2015 foi um ano de re-aprendizagem, de voltar a perceber quem eu sou, o que quero, para onde quero ir. Porque, enquanto me ia reorganizando na minha vida pessoal, senti que precisava de um refresh na vida profissional. Inicialmente pensei em formação e em aprender coisas novas, mas quando surgiu a oportunidade, dei por mim a mudar de emprego e a embarcar numa nova aventura. Esta mudança também me deu muitos momentos mais amargos e complicados de gerir. 

Perguntei-me muitas vezes se este foi o ano certo para mudar novamente de vida. Nunca me arrependi das decisões que tomei, mas estava numa fase de organização e evolução silenciosa e dei por mim, no último trimestre do ano, a agitar tudo novamente, sem saber muito bem se conseguia lidar com isso. Houve dias em que não soube lidar, mas quando a tempestade passa, as compensações são incríveis. 
Agora estou feliz de o ter feito, de ter tudo a acontecer ao mesmo tempo. E sei que foi pelo melhor. As decisões mais difíceis de tomar e de lidar por vezes são as que valem mais a pena, e acho que estou numa posição certa para continuar a aprender e a crescer. Valeu a pena a luta e as lágrimas destes últimos meses porque pela primeira vez em muito tempo estou a sentir o entusiasmo pelos próximos passos.

2015 foi também o ano de consolidação dos afectos e de uma evolução calma e natural da minha vida pessoal. Novas pessoas, novos carinhos e amizades, e uma nova vida familiar de que não me canso. Estou ainda absolutamente maravilhada com tudo o que ando a viver e espero que nunca me esqueça desta sensação de encantamento pelas coisas mais simples, aquelas que sempre quis e que de forma tão natural entraram na minha vida e mudaram tudo para melhor.

Termino o ano com a sensação que me deu uma luta tremenda, mas também me proporcionou o recolhimento e a força que precisava para conseguir fazer mais e melhor em 2016. Este Dezembro agitado, em que o medo e as dúvidas me tiravam o sono, também me despertou a imaginação e entusiasmo. Ando com mil ideias a zumbir na cabeça e quero tanto voltar a ser aquela pessoa criativa e dedicada de outros dias. Estarei sempre grata a 2015 por me permitir repensar na minha vida e me ajudar a redefinir o meu caminho.


Para 2016 decidi não fazer resoluções. Sempre defendi que as resoluções são boas linhas orientadoras, mas desta vez não me apetece enumerá-las. São quase sempre as mesmas, e se 2015 me ensinou algo é que as coisas acontecem quando têm de acontecer, por isso vou começar devagar, a fazer aquelas pequenas coisas que quero mesmo fazer, com foco e calma, e superar os obstáculos que surgirem pelo caminho, um de cada vez. Janeiro já se prevê um mês em cheio, com muitas novidades, o lançamento do novo projecto, muitas aprendizagens e vai culminar numa das minhas viagens mais sonhadas (e tenho saudades gigantes de viajar). Quero definir objectivos e perspectivas a cada mês. E conto com o meu blog para me ajudar nisto. Acho que vai ser mais estimulante e divertido.

No novo ano que começa agora apenas tenho uma intenção presente, que é escrever mais no meu diário. Quando há poucos dias saquei finalmente o Unravel 2016, que quero muito preencher como deve ser nos próximos dias, decidi também aproveitar o curso grátis que a Susannah Conway dá para encontrarmos a palavra que queremos que nos guie para o próximo ano (espreitem tudo aqui e façam o download, merece a pena experimentar). Os exercícios obrigaram-me a muita escrita e reflexão e isso foi o que me ajudou a limpar a cabeça, a acalmar a minha luta interna e a simplesmente observar-me e a ser mais tolerante comigo. E é o que mais preciso. Por isso é o que me vou dar. 

E vocês? Já pensaram no ano que passou, no que querem para este ano? Acham que 2016 vai ser melhor, ou as expectativas estão baixas?

2 comentários:

Marta Chan disse...

Pode soar cliche mas as coisas acontecem quando tem que acontecer :)

Este ano também quero escrever mais no papel, enviar mais postais das minhas viagens, voltar a ter penfriends, contactar mais com o mundo offline. E essa e a minha palavra para o ano 2016: offline.

Se bem que considero que até tenha um equilíbrio OK com a NET acho que posso passar mais tempo sem ela. Aqueles vídeos do YouTube já nem abro, passo 5 minutos por dia no facebook e as vezes nem lhe ponho lá os pés... Mesmo assim ainda há o querido do instagram, o instagram e agora o twitter... Só para não falar no google!

Quero passar ainda mais tempo lá fora, passear muito, explorar, conhecer...
Sem dúvida aprender mais!! Que nunca deixemos de aprender :)

Feliz ano novo!!

Agridoce disse...

Gostei tanto de ler as tuas palavras e voltar a sentir a serenidade que acho que te acompanha nos últimos tempos. Mesmo com altos e baixos, mesmo com dúvidas e incertezas, o balanço final que passas é esse: estás bem e entusiasmada com a tua vida a diferentes níveis.

Que 2016 te traga tudo o que desejas :) Que seja um ano mais tranquilo, que te permita voltares a dedicar-te ao que te inspira!

Eu também vou ver se escrevo mais e gostei muito do projecto que partilhaste. Vou investigá-lo mais a fundo!

Um beijinho e sê feliz :)