2015 começou com a assustadora aventura da independência total. A casa inteira por minha conta, um orçamento único para gerir, e toda uma nova vida para aprender a viver. Os primeiros meses não foram fáceis, muitos ajustes a fazer, muita gaveta mental por arrumar, noites solitárias de muita reflexão…
2015 foi um ano de re-aprendizagem, de voltar a perceber quem eu sou, o que quero, para onde quero ir. Porque, enquanto me ia reorganizando na minha vida pessoal, senti que precisava de um refresh na vida profissional. Inicialmente pensei em formação e em aprender coisas novas, mas quando surgiu a oportunidade, dei por mim a mudar de emprego e a embarcar numa nova aventura. Esta mudança também me deu muitos momentos mais amargos e complicados de gerir.
Perguntei-me muitas vezes se este foi o ano certo para mudar novamente de vida. Nunca me arrependi das decisões que tomei, mas estava numa fase de organização e evolução silenciosa e dei por mim, no último trimestre do ano, a agitar tudo novamente, sem saber muito bem se conseguia lidar com isso. Houve dias em que não soube lidar, mas quando a tempestade passa, as compensações são incríveis.
Agora estou feliz de o ter feito, de ter tudo a acontecer ao mesmo tempo. E sei que foi pelo melhor. As decisões mais difíceis de tomar e de lidar por vezes são as que valem mais a pena, e acho que estou numa posição certa para continuar a aprender e a crescer. Valeu a pena a luta e as lágrimas destes últimos meses porque pela primeira vez em muito tempo estou a sentir o entusiasmo pelos próximos passos.
2015 foi também o ano de consolidação dos afectos e de uma evolução calma e natural da minha vida pessoal. Novas pessoas, novos carinhos e amizades, e uma nova vida familiar de que não me canso. Estou ainda absolutamente maravilhada com tudo o que ando a viver e espero que nunca me esqueça desta sensação de encantamento pelas coisas mais simples, aquelas que sempre quis e que de forma tão natural entraram na minha vida e mudaram tudo para melhor.
Termino o ano com a sensação que me deu uma luta tremenda, mas também me proporcionou o recolhimento e a força que precisava para conseguir fazer mais e melhor em 2016. Este Dezembro agitado, em que o medo e as dúvidas me tiravam o sono, também me despertou a imaginação e entusiasmo. Ando com mil ideias a zumbir na cabeça e quero tanto voltar a ser aquela pessoa criativa e dedicada de outros dias. Estarei sempre grata a 2015 por me permitir repensar na minha vida e me ajudar a redefinir o meu caminho.

Para 2016 decidi não fazer resoluções. Sempre defendi que as resoluções são boas linhas orientadoras, mas desta vez não me apetece enumerá-las. São quase sempre as mesmas, e se 2015 me ensinou algo é que as coisas acontecem quando têm de acontecer, por isso vou começar devagar, a fazer aquelas pequenas coisas que quero mesmo fazer, com foco e calma, e superar os obstáculos que surgirem pelo caminho, um de cada vez. Janeiro já se prevê um mês em cheio, com muitas novidades, o lançamento do novo projecto, muitas aprendizagens e vai culminar numa das minhas viagens mais sonhadas (e tenho saudades gigantes de viajar). Quero definir objectivos e perspectivas a cada mês. E conto com o meu blog para me ajudar nisto. Acho que vai ser mais estimulante e divertido.
No novo ano que começa agora apenas tenho uma intenção presente, que é escrever mais no meu diário. Quando há poucos dias saquei finalmente o Unravel 2016, que quero muito preencher como deve ser nos próximos dias, decidi também aproveitar o curso grátis que a Susannah Conway dá para encontrarmos a palavra que queremos que nos guie para o próximo ano (espreitem tudo aqui e façam o download, merece a pena experimentar). Os exercícios obrigaram-me a muita escrita e reflexão e isso foi o que me ajudou a limpar a cabeça, a acalmar a minha luta interna e a simplesmente observar-me e a ser mais tolerante comigo. E é o que mais preciso. Por isso é o que me vou dar.
E vocês? Já pensaram no ano que passou, no que querem para este ano? Acham que 2016 vai ser melhor, ou as expectativas estão baixas?
Pode soar cliche mas as coisas acontecem quando tem que acontecer :)
ResponderEliminarEste ano também quero escrever mais no papel, enviar mais postais das minhas viagens, voltar a ter penfriends, contactar mais com o mundo offline. E essa e a minha palavra para o ano 2016: offline.
Se bem que considero que até tenha um equilíbrio OK com a NET acho que posso passar mais tempo sem ela. Aqueles vídeos do YouTube já nem abro, passo 5 minutos por dia no facebook e as vezes nem lhe ponho lá os pés... Mesmo assim ainda há o querido do instagram, o instagram e agora o twitter... Só para não falar no google!
Quero passar ainda mais tempo lá fora, passear muito, explorar, conhecer...
Sem dúvida aprender mais!! Que nunca deixemos de aprender :)
Feliz ano novo!!
Gostei tanto de ler as tuas palavras e voltar a sentir a serenidade que acho que te acompanha nos últimos tempos. Mesmo com altos e baixos, mesmo com dúvidas e incertezas, o balanço final que passas é esse: estás bem e entusiasmada com a tua vida a diferentes níveis.
ResponderEliminarQue 2016 te traga tudo o que desejas :) Que seja um ano mais tranquilo, que te permita voltares a dedicar-te ao que te inspira!
Eu também vou ver se escrevo mais e gostei muito do projecto que partilhaste. Vou investigá-lo mais a fundo!
Um beijinho e sê feliz :)