sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Mudar alguma coisa

Como já disse antes, este ano decidi não fazer resoluções de Ano Novo. Há uma parte de mim que ainda acha tudo isto muito estranho, não ter as linhas-guia que me encaminhem as intenções, mas como sei que o mês de Janeiro é sempre aquele mês de ajustes e adaptações (e por vezes, frustrações), tenho aproveitado para repensar com tranquilidade naquilo que realmente quero para 2016 sem pressões. E ando a chegar a conclusões e a ideias interessantes que ando a por em prática, que, sem querer, me andam a dar uma direcção em alternativa às resoluções.

Não sei se vocês conhecem e fazem também, mas eu gosto muito de preencher o Unravel the year ahead (já falei dele aqui). Ajuda-me imenso a estabelecer uma intenção para o ano, através de uma palavra. Ainda não terminei de preencher porque fiquei bloqueada na palavra do ano até que percebi que, ao contrário de outros anos, não ando em ânsias para riscar tarefas, atingir objectivos, cumprir as resoluções. Percebi que tenho apenas uma decisão e essa decisão levou-me à minha palavra, que será “abrandar”. Cheguei à conclusão que a maior causa dos meus males, o que preciso de trabalhar em mim acima de tudo é dominar os nervos, falar mais devagar, pensar antes de agir, e focar-me mais. E ser paciente comigo mesma ao mesmo tempo. Por isso abrandar serve-me como uma luva. Não vou deixar de ser uma miúda ocupada, por isso tenho de lidar com o que tenho, quero saber quando e como parar (ou avançar), organizar-me para que tudo se desenrole com naturalidade e menos esforço, quero poder dar prioridade ao que é realmente importante e aos poucos, mudar aquilo que preciso.

No entanto, encontrar uma palavra não é tudo. Esta ajuda-me a definir a intenção, mas eu continuo a precisar de perseguir objectivos. Só que talvez de outra forma que não me obrigue a estar todos os dias a fazer um controle frenético da minha lista de tarefas, a desorientar os meus horários e rotina e a arranjar lugar ao stress quando não chego onde quero quando quero. A ideia seria eliminar, pelo menos para já, o “quando”, e dar-me alguma liberdade de encontrar o que funciona para mim.

Encontrei esta semana este post no Zen Habits sobre criar pequenas regras em vez das resoluções. É engraçado que antes de lo ler já tinha pensado em fazer precisamente isto. E vai completamente de encontro à minha orientação de abrandar e ser paciente comigo ao longo do ano. A ideia é bastante simples, em vez de determinar objectivos e projectá-los e definir datas e listas de tarefas, a ideia será apenas criar regras que nos hão-de levar lá. É assim um processo ao contrário. E gosto muito da forma como ele propõe de irmos acrescentando regras aos poucos, de duas em duas semanas, devagarinho e de uma forma natural.
Estou entusiasmada com isto. Já pensei em algumas que quero começar a implementar, mas acho que vou começar a segui-las mais a sério quando voltar de Londres (já só falta uma semana! Yey!). 

O ano começou com notícias tristes e dias cinzentos e aborrecidos. Mas os dias estão a começar a tornar-se maiores e mais promissores. E aquela velha vontade de fazer coisas, está a crescer. Devagarinho chegamos lá… :)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O maravilhoso mundo do recorte de papel

Há alguns anos que reparo no crescimento de artistas e ilustradores que não só ainda preferem os métodos analógicos (my kind of people), como ainda nos conduzem a todo um mundo de possibilidades apenas e somente por saberem manipular como ninguém o material mais básico e mais simples: o papel.

Os primeiros trabalhos deste género que vi foram os da Britney Lee, cujo trabalho comecei a seguir febrilmente desde aí, não só pelos recortes, mas porque ela trabalha para a Disney, o que faz dela uma super-heroína (e foi só esta menina que pesquisou e trabalhou no aspecto visual do Frozen- ah!).


(Não é maravilhoso?)

Mas com o passar do tempo descobri por aí mais alguns que me chamam a atenção e ainda não decidi se me dão uma vontade louca de experimentar brincar mais com papel ou se me fazem não querer experimentar de todo porque alguns destes trabalhos são geniais...
Espreitem lá...
















E é isto. E ficaria indefinidamente a mostrar-vos mais e mais imagens lindas e inspiradoras. Espero que gostem.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Making dreams happen in 2016

(Foto: Unsplash)

A primeira semana do ano deve ser a mais deprimente delas todas, por isso desculpem o silêncio dos últimos dias, apetece tanto escrever, mas só consegui posts sobre a minha neura, e não é bem o que me apetece postar. Depois de dias a arrastar-me para fora da cama a resmungar e a lamentar o meu destino de não ter nascido rica ou dondoca ou as duas coisas, penar no trabalho entre bocejos e arrancar alguma produtividade deste corpinho cansado, chega finalmente a sexta-feira. Depois de sobreviver a esta semana tudo o resto será mais fácil.

Mas enfim, vim aqui para contar novas mais alegres. Daqui a três semanas certinhas estarei por terras de Sua Majestade, a passear-me pela capital, faça chuva ou faça sol. Londres foi o primeiro destino internacional que me lembro de querer visitar, e foi sendo consequentemente adiada sem que eu conseguisse atinar com uma data/disponibilidade financeira/companhia. E nem estou em mim, vou tornar este sonho em realidade, e sei que vai ser memorável. 

Agora peço a vossa ajuda. Pessoas que conhecem a cidade, têm dicas, sugestões, truques, etc? Só agora começo a planear itinerários e ainda estou confusa com tudo o que quero/tenho/apetece fazer. Tudo o que quiserem partilhar será muito bem-vindo. Obrigada e um bom fim-de-semana a todos. A primeira semana já passou. We did it!

sábado, 2 de janeiro de 2016

10 coisas que aprendi em 2015

Agora que 2015 acabou,não podia deixar de, de mim para mim, deixar registadas as lições mais preciosas de 2015, para aplicar no futuro. Eu não disse que este ano foi um ano de crescimento interior?

1- Tu tens sempre uma capacidade e resistência maiores do que imaginas. Se tens forças para continuar, continua e insiste, as recompensas valem sempre a pena.

2- Não estás sozinha no mundo, não precisas de fazer tudo sozinha nem tudo de uma vez só. Take it easy, take it slow. E pede ajuda.

3- Fazer exercício é mesmo bom e quando páras, tens saudades. Não pares.

4- Se não limpares a casa quando queres, ela não desmorona. Se atrasar alguns dias (nada de exageros), ela mantém-se de pé e não é nada de mais.

5- Arriscar é bom, mas é importante saber lidar com as consequências. Sem medos. Se o risco foi uma má jogada, arrisca outra vez.

6- Não paniques porque estás a “ficar velha”. Divertes-te muito mais agora do que aos vintes. E és mais feliz. E mais gira.

7- Guarda tempo para as coisas que gostas. Quando não o fazes sentes saudades e sonhas acordada com o que não fizeste.

8- Dá-te o desconto de vez em quando. Não leves a vida tão a sério

9- Continua a gostar de quem és e a assumir os teus traços de personalidade mais loucos. É a tua maior força.

10 - Confia. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Olá 2016

É engraçado, quando penso em 2015, não vejo propriamente uma linha condutora. Em 2014 foi tão simples verificar a minha evolução, as decisões definitivas para uma nova vida, uma série de coisas novas e importantes aconteceram, em crescendo. Em 2015 naveguei em águas mais calmas, pelo menos em comparação com o ano anterior, porque é verdade que muita coisa nova e definidora também aconteceu, mas de forma tão natural, e eu tive uma atitude tão mais passiva, que mesmo causando agitação, as coisas conduziram-se ao lugar por si só.
2015 começou com a assustadora aventura da independência total. A casa inteira por minha conta, um orçamento único para gerir, e toda uma nova vida para aprender a viver. Os primeiros meses não foram fáceis, muitos ajustes a fazer, muita gaveta mental por arrumar, noites solitárias de muita reflexão… 
2015 foi um ano de re-aprendizagem, de voltar a perceber quem eu sou, o que quero, para onde quero ir. Porque, enquanto me ia reorganizando na minha vida pessoal, senti que precisava de um refresh na vida profissional. Inicialmente pensei em formação e em aprender coisas novas, mas quando surgiu a oportunidade, dei por mim a mudar de emprego e a embarcar numa nova aventura. Esta mudança também me deu muitos momentos mais amargos e complicados de gerir. 

Perguntei-me muitas vezes se este foi o ano certo para mudar novamente de vida. Nunca me arrependi das decisões que tomei, mas estava numa fase de organização e evolução silenciosa e dei por mim, no último trimestre do ano, a agitar tudo novamente, sem saber muito bem se conseguia lidar com isso. Houve dias em que não soube lidar, mas quando a tempestade passa, as compensações são incríveis. 
Agora estou feliz de o ter feito, de ter tudo a acontecer ao mesmo tempo. E sei que foi pelo melhor. As decisões mais difíceis de tomar e de lidar por vezes são as que valem mais a pena, e acho que estou numa posição certa para continuar a aprender e a crescer. Valeu a pena a luta e as lágrimas destes últimos meses porque pela primeira vez em muito tempo estou a sentir o entusiasmo pelos próximos passos.

2015 foi também o ano de consolidação dos afectos e de uma evolução calma e natural da minha vida pessoal. Novas pessoas, novos carinhos e amizades, e uma nova vida familiar de que não me canso. Estou ainda absolutamente maravilhada com tudo o que ando a viver e espero que nunca me esqueça desta sensação de encantamento pelas coisas mais simples, aquelas que sempre quis e que de forma tão natural entraram na minha vida e mudaram tudo para melhor.

Termino o ano com a sensação que me deu uma luta tremenda, mas também me proporcionou o recolhimento e a força que precisava para conseguir fazer mais e melhor em 2016. Este Dezembro agitado, em que o medo e as dúvidas me tiravam o sono, também me despertou a imaginação e entusiasmo. Ando com mil ideias a zumbir na cabeça e quero tanto voltar a ser aquela pessoa criativa e dedicada de outros dias. Estarei sempre grata a 2015 por me permitir repensar na minha vida e me ajudar a redefinir o meu caminho.


Para 2016 decidi não fazer resoluções. Sempre defendi que as resoluções são boas linhas orientadoras, mas desta vez não me apetece enumerá-las. São quase sempre as mesmas, e se 2015 me ensinou algo é que as coisas acontecem quando têm de acontecer, por isso vou começar devagar, a fazer aquelas pequenas coisas que quero mesmo fazer, com foco e calma, e superar os obstáculos que surgirem pelo caminho, um de cada vez. Janeiro já se prevê um mês em cheio, com muitas novidades, o lançamento do novo projecto, muitas aprendizagens e vai culminar numa das minhas viagens mais sonhadas (e tenho saudades gigantes de viajar). Quero definir objectivos e perspectivas a cada mês. E conto com o meu blog para me ajudar nisto. Acho que vai ser mais estimulante e divertido.

No novo ano que começa agora apenas tenho uma intenção presente, que é escrever mais no meu diário. Quando há poucos dias saquei finalmente o Unravel 2016, que quero muito preencher como deve ser nos próximos dias, decidi também aproveitar o curso grátis que a Susannah Conway dá para encontrarmos a palavra que queremos que nos guie para o próximo ano (espreitem tudo aqui e façam o download, merece a pena experimentar). Os exercícios obrigaram-me a muita escrita e reflexão e isso foi o que me ajudou a limpar a cabeça, a acalmar a minha luta interna e a simplesmente observar-me e a ser mais tolerante comigo. E é o que mais preciso. Por isso é o que me vou dar. 

E vocês? Já pensaram no ano que passou, no que querem para este ano? Acham que 2016 vai ser melhor, ou as expectativas estão baixas?